02 novembro 2009

Fim do Mundo em 2012 e depois... Olímpiadas


Texto de Antonio Brás Constante


Em meio ao revoar de balas perdidas (uma epidemia nacional), ganhamos o direito de efetuar as olimpíadas de 2016, talvez porque tenhamos demonstrado que temos “bala na agulha”. A propósito, se houver alguma modalidade sobre derrubadas de árvores ou de helicópteros, teremos uma boa chance de medalhas.


Outra modalidade que está cada vez mais ganhando força (e perdendo qualquer esperança de justiça ou moralidade) é o arquivamento de denuncias governamentais sem barreiras (em qualquer esfera política).


Atualmente dispomos de dois fortes concorrentes nesta modalidade de arquivamento, um em Brasília, que trabalha lá (isto foi uma piada, ok?), e por mais denúncias que apareçam, ninguém consegue colocar os seus vultosos bigodes de molho. Ele, porém, deve estar conseguindo molhar outras coisas, já que arquivam tudo o que envolve a sua imortal pessoa. A segunda concorrente é aqui do RS, governando o próprio mandato e desgovernando todo o resto (quando digo: “todo resto”, eu estou me referindo a todos os gaúchos que vivem sob seu jugo).


Sem mudar muito de assunto, mas já mudando, enquanto por aqui os helicópteros caem, lá nas terras do Tio Sam os balões sobem. Como na história do balão que carregou um menino (ao invés de ser o contrário). Notei que desta vez foi um brasileiro que provavelmente serviu de exemplo para os devaneios americanos, visto que fomos precursores (olhando apenas o passado recente) no lançamento de um padre voador, movido a balões, e que talvez não tenha entendido bem como deveria fazer para ascender aos céus.


Voltando as olimpíadas, nossa torcida terá que começar bem antes do que a de qualquer outro país, pois não torceremos apenas por nossos atletas, torceremos também para que os governantes de nossa nação parem de agir como seres sem qualquer noção. E não pensem que bastará fazer como há pouco tempo atrás, onde esconderam nossa pútrida pobreza dos pudicos olhos papais, quando o pontífice veio visitar nossos umbrais.


Antes de tentarmos acertar o tiro na mosca, ou a flecha no alvo, temos que procurar acertar o orçamento necessário para realização do evento, para que ele não acabe se tornando 500% maior (estou sendo otimista) do que a previsão inicial, como geralmente acontece.


Todas essas divagações somente valem se o mundo não acabar em 2012 (é claro), algo que seria bem possível de acreditarmos, já que se a humanidade gosta de crer  em coisas escritas a mais de dois mil anos, qual o problema em achar que os iluminados Maias não poderiam estar certos? (se bem que vaga-lumes também são seres iluminados, e nem por isso encontramos pessoas acreditando neles... bem, talvez algumas).


O fim do mundo pode ser entendido de várias formas, por exemplo, muitos podem entender que o fim do mundo é alguém ser contratado para cantar o hino nacional sem saber a letra. Outros podem entender que cair para segundona é pior do que qualquer apocalipse, e por aí vai. O fim do mundo acontece a cada instante perdido, a cada chance desperdiçada, ou toda vez que deixamos acontecer o pior quando poderíamos ter evitado. O fim do mundo é o arrependimento guardado em nossas lembranças... E que venham as olimpíadas.


NOTA DO AUTOR: Os amantes da leitura agora dispõe de um excelente portal chamado: www..skoob.com.br, funciona como uma rede social (tipo orkut), mas com ferramentas de leitura, tipo: Estante virtual para cadastrar seus livros, histórico de leitura, resenhas, etc. Quem quiser participar vai encontrar por lá o meu singelo livro “Hoje é seu aniversário”, não esqueçam de adicioná-lo em suas estantes, ok? Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do livro, ou para fazer parte de minha lista de leitores, que recebem semanalmente meus textos, para isso basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.


SOBRE O AUTOR: Antonio Brás Constante se define como um eterno aprendiz de escritor, amigo e amante da musa inspiração. Lançou recentemente o livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br).


Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

Um comentário:

  1. Excelente texto , claro, inteligente e sobre tudo retrata a infeliz realidade brasileira. Parabéns.
    Forte abraço

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