29 abril 2013

Supernatural / Pac-Man Fever


Review: S08E20


Desapego, eis a questão -chave do episódio, e algo um tanto quanto improvável quando se trata dos Winchester e da importância dos laços de família. Além disso, finalmente teve-se uma participação a altura da carismática personagem Charlie, interpretada por Felicia Day. Pac-Man Fever pode ter frustrado alguns, por ser filler, mas já vai, timidamente, traçando os rumos que estão por vir, para o gran-finale!

Inicialmente, temos um Dean uniformizado, acordando perplexo em meio a um cenário militarmente sombrio e constatando estar na década de 50. Seria outra viagem no tempo? Chega-se a perguntar, para em seguida voltar 24 horas antes e se desenrolar a história. Dean, o eterno irmão mais velho super protetor, não quer Sammy de volta a caça e nem a procura de Kevin Tran, enquanto não tiver certeza de sua sanidade. Afinal de contas, preocupa-se com as palavras de Castiel de que as consequências dos testes de Deus, podem ser devastadoras de um tanto, que mesmo ele não poderia curar o Winchester caçula.

Em meio a tudo isso, Charlie, a hacker descolada e carismática, entra em contato com os protagonistas lhes propondo um caso. Interessante ver que o esconderijo sede dos Homens das Letras, é como uma “Bat-caverna”, uma fortaleza impenetrável, na qual é impossível rastrear os protagonistas. Charlie diz aos rapazes que estranhas mortes vêm ocorrendo, deixando os corpos liquefeitos, quase que literalmente. É interessante, ver o quanto a moça se “especializou” em tipologia de monstros e seres sobrenaturais a serem caçados, embora seus arquivos, não cheguem aos pés, dos conhecimentos de séculos da sociedade secreta e das anotações do diário de John Winchester.

Fazendo-se referências a temporadas anteriores, temos a citação aos livros escritos por Carver Edlund, narrando a saga dos irmãos caçadores e a criatura da vez, já vista anteriormente, um Dijin, embora dessa vez seja um tipo diferente, um que se alimenta do medo de suas vítimas. Apesar de que o método, aprisionar a vítima num looping contínuo de ilusões, enquanto o seu veneno age “sugando-lhe” a vida, permanece o mesmo.


Acontece que num aparente caso da semana  - fora de contexto da trama central – Dean  tem que lidar com o fato de que não poderá, sempre, proteger ao irmão. E enfim para de tentar enganar a si mesmo, entendendo isso, ao ajudar Charlie quando esta está sob efeito da ilusão do Dijin e, volta-se ao cenário do início do episódio. Como num jogo de video game, em que se vence os obstáculos e passa de fase, Dean acaba dizendo a hacker para superar seus medos – neste caso, perder a mãe – seguir em frente, desapegar-se e assim salvá-la.

Mais uma vez, como nunca canso de dizer, Supernatural demonstra o que desde o início tem de melhor, o fato de que não importa os obstáculos, os contratempos, a família sempre prevalecerá. Como dito na frase acima – palavras da própria Charlie – não há nada que os  Winchester não consigam, se trabalharem juntos. O fato é que, não importa o quanto Dean queira proteger o irmão, uma vez tendo começado os testes, Sam os terminará. Aliás, mesmo não estando muito bem, ele demonstra ter muita força de vontade e fazer jus à sua fama de herói.

Bom, quanto ao desapego, Dean faz o estilo: “faça o que digo, mas não faça o que faço”. Apesar do que disse a Charlie e, de tê-la convencido, ele diz nunca desistir de Sammy. A quem eu diria, ser ao mesmo tempo, sua fraqueza e sua força, assim como vice-versa. Ao término do episódio, Dean, acaba “entregando os pontos” chamando Sam de volta a caça, em especial a procurar Kevin e, nos brinda com um emocionante abraço entre irmãos. Assim, temos a deixa de que algo muito trágico  no minimo esta por vir, criando a atmosfera de ansiedade em espera pelos próximos episódios.

E vocês curtiram? Comentários? Criticas? Sugestões?


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