Há quem diga que o estresse faz bem e ainda por cima, nos torna pessoas mais atentas, ágeis e competitivas. Pode parecer trote de 1º de Abril, contudo, não o é. De acordo com o americano Bruce McEwen - neurocientista e professor da Universidade Rockefeller, Nova York - o estresse é fundamental para a nossa sobrevivência. Conforme sua visão, quando se sente o mundo cair sobre a cabeça, o cérebro nos prepara para reagir ao desastre. Assim, fica-se pronto para tomar decisões com mais rapidez, e também guardar informações que possam ser decisivas no intuito de encarar desafios e perigos. A tese é de que os mecanismos que causam o estresse, sem dúvida, existem para nos proteger e nos manter vivos. Porém estes mesmos mecanismos, quando desregulados são os responsáveis por doenças comuns na atualidade, como diabetes, artrite, obesidade e depressão. Em outras palavras, se o estresse for demais, os supostos efeitos benéficos acabarão revertidos. Em consequência, uma das funções mais atingidas, é a memória. Há três níveis de estresse: o bom, o tolerável e o tóxico. Ainda segundo o neurocientista, homens e mulheres são afetados de formas diversas. Desta forma, há de se aprender a "apreciar" o estresse com moderação. A fórmula seria, levar uma vida saudável e optar por atividades que deem prazer, alega McEwn no livro: O Fim do Estresse Como Nós o Conhecemos, e na entrevista concedida pelo cientista na edição de Abril da revista Super Interessante.
Mas porque tocar neste assunto? Apenas como gancho para falar da memória; neste caso, do povo brasileiro. Há 17 anos, deu-se o processo que resultou no Impeachment do então presidente da República, Fernando Collor, que confiscara a poupança dos brasileiros além de acusações de desvio de dinheiro público. Se fossemos comparar, uma lamaceira irrisória, perante o escândalo do Mensalão no atual (Des)governo, mas quem se lembra? Ainda existem ingênuos que creem que foram os caras-pintadas que afastaram o "caçador de marajás". E o escândolo do Apagão Aéreo? O Mensalinho... Presidente do Congresso usando lobista para pagar a outra... Cargos de diretores do Senado, dignos de constarem no Guiness Book... Daniel Dantas... Não soaria exagero afirmar que daqui há alguns dias, nem se lembrarão do caso Daslu. Seria a explicação do neurocientista, aliada ao excesso de pressões da vida moderna, tanto na área pessoal, quanto profissional, a causa de memória tão fraca de uma (i)nação? Ou seria apenas mais uma para o roll das perguntas que não querem calar? Enfim, mais um mês vindo por aí, e aproveita-se para agradecer o prestígio que os leitores concedem ao Espaço da Palavra. Espera-se que continuem-o prestigiando. No mais, um excelente mês e, que se aproveite para refletir o autêntico significado da Páscoa.
Lilly Soares
Fonte: Super Interessante edição nº 264
Eu nao gosto do stress, me deixa doidinha.
ResponderExcluirAcho q de acordo com q o doutor falou
eu ja cheguei no tipo tóxico rs
mas como saber controlar para aprecia-lo com moderaçao como ele fala? meio dificil, nao?
bjoss
Oi moça,
ResponderExcluirEstive lendo hoje mesmo este artigo sobre o stress na SuperInteressante!
Aliás, estive hoje mesmo a devorar toda a Super.
Nunca cheguei a um stress tóxico, e nem penso algo assim... E, fala sério! Tem que ter outra maneira de ficar "mais atento", "guardar informações"... Não acha? Será que o só o stress proporciona isso?
Seu blog está 10.
Beijo!
Bem lembrado Lílian, diferente do momento Collor, Lula teve a economia a seu favor, de maneiras que o mensalão foi relegado a segundo plano e sequer importou para a releição do nosso vigente presidente. É triste, de fato. PC Farias se veria como um mero aprendiz diante das estripulias de nossa história ainda mais recente. Talvez, um professor orgulhoso, já que foi em muito superado pelos discípulos que parecem mirar-se sempre em seu exemplo. Economia é importante sim, mas o sucesso econômico não releva de maneira nenhuma a ética e o compromisso. Pêsames a nós eleitores brasileiros, não conseguimos fazer disso motivo de reprovação nas urnas. Soa até como um muito perniscioso aval. Nós Brasileiros precisamos melhorar muito em nossos compromissos de eleitores, ser eleitor é mais importante do que ter dinheiro agora no bolso. Ser bom eleitor é que pode nos livrar da erva-daninha do atraso e da miséria e não um punhado de grana agora no bolso. "O rouba, mas faz" não é slogan possível. E nós brasileiros estamos sempre a reforçar que ainda não entendemos muito bem como andam juntas ética e democarcia. Collor foi deposto, mas está ai de volta como senador (coitado, merecia uma segunda chance, afinal virou do "bem"). Curioso, se cogitava a ele a presidência da Casa. É...! Um presidente deposto bem que merece um lugarzinho ao sol. Bom, não veio o Collor, mas uma múmia que ainda está lá: o ilibado J. Sarney, "Não rouba, mas não faz" também não é opção. E assim vamos... Não sou pessimista, o Brasil avança, a passos de tartaruga mas vai, na área econômica conseguimos avanços importantes (não todos é verdade),o que mesmo nesse governo teve méritos louváveis, mas não basta e poderia ter se feito muito mais. Bom, tenho esperança em nossa população, acredito em nós brasileiros como povo e somos plenamente capazes de construírmos uma nação de mais bem-estar e mais ética, o que passa pela educação, para aprendermos a ver consequências que estão um pouco além do nosso nariz, para avaliar importância de temas não palpáveis. Precisamos de educação e inteligência (que nós brasileiros temos de sobra), só nos falta a oportunidade para se fazer de bom uso da inteligência que o brasileiro já possui.
ResponderExcluirSil, Ylago e Victor, agradeço o prestígio de vocês, ao terem disposto um pouco de seu tempo para lerem meu post. Victor, mto pertinente seu comentário, apesar de que prefiro não comentar mto, porque não sou expert em economia. Abços a todos.
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