20 novembro 2009

Apagão

Era só um dia como outro qualquer na capital da República. Um calor lazarento e insuportável, a umidade relativa do ar, baixa... Uma seca que nem mil litros de água compensam...Os políticos fingindo trabalhar como sempre, o trânsito fluindo mais ou menos normalmente - nada como o caos de São Paulo - mas justo alguns dias  após o Apagão que tanto aborrecimento causou em grande parte do país... Na quarta, dia 18, lá pelas seis e pouco da tarde... as luzes se apagaram em vários lugares do Distrito Federal - Lago Sul, Lago Norte, Paranoá e São Sebastião - Para infortúnio de políticos chegados a uma desculpa esfarrapada, não havia chuva, nem sequer um mísero relâmpago, para atribuir tal blecaute aos raios.... Para alguns cidadãos ainda foi pior... desde seis e pouco da tarde, até quase meia noite sem luz, à luz de velas, ou lanternas, mas em situação nada romântica...
Em outros, a luz acabava e voltava, constantemente... e ai de quem não desligasse das tomadas todos os aparelhos eletrônicos... daqui a pouco eles acabam por queimar e até conseguir provar que havia sido devido ao apagão... ainda se compensava comprar logo, outro aparelho, ao menos economizava aborrecimento de ter de esperar essa justiça morosa de nosso país... No dia seguinte, uma explicação de problema nas linhas de transmissão - ao menos não culparam o pobre raio - e que de pronto havia sido arrumado, mas ocorreram imprevistos que levaram à demora de a energia voltar a um mínimo de normalidade...
De certo, que tais apagões em Brasília, não são rotineiros, mas também não são escassos.... E, como não se sabe o real problema, ou quando mais uma vez, a culpa - numa explicação deveras simplista - vai ser atribuída às intempéries do clima... Um aviso - e vale a todos os brasileiros, mesmo os de fora do Distrito Federal - , tenham velas e fósforos; além de lanternas em casa.... A Humanidade está dependente da tecnologia e da eletricidade, mas por vezes, ainda que a desgosto, temos que voltar aos velhos tempos... Ah, deixando o pessimismo um pouco de lado, que bom que nesses blecautes eventuais, não estamos em meio à Guerra Civil que acontece na Cidade Maravilhosa... Ela já é perigosa às claras, imaginem às escuras....




P.S: Não deixem de ler este artigo crítico acerca do cinismo das autoridades "competentes" que tentam justificar o injustificável ao abordar o tema Apagão: Escuridão na Luz

14 novembro 2009

A Saia Justa da Saia Justa

(Autor: Antonio Brás Constante)

Se aquela família americana que simulou o seqüestro do próprio filho por um balão malvado (recebendo a atenção do mundo inteiro junto com uma multa milionária), tivesse a noção de que conseguiriam o mesmo efeito apenas vestindo uma microssaia e indo estudar na Uniban, eles certamente teriam economizado uma boa grana.

Muitas vezes é difícil entender como um assunto banal como uma saia ganha o mundo, talvez tenham sido os ingredientes: Uma moça bonita com um vestido chamativo, algo que é uma raridade tanto no mundo islâmico quanto no Brasil, adicione algumas centenas de estudantes com excesso de testosterona inversamente proporcional a sua capacidade mental, junte a isso uma administração institucional que, por exemplo, para tratar de um problema de unha encravada no pé direito provavelmente resolveria amputar a perna esquerda do paciente, e está feita a bagunça (parece que agora eles estão querendo reimplantar a perna na moça, só que no ombro dela).

Pensando bem, acho que até mesmo eu poderia embarcar nessa ideia, almejando alcançar em pouquíssimo tempo a divulgação necessária para meu livro, já que os últimos anos de esforço e dedicação como escritor não trouxeram sequer um fragmento do ibope alcançado por esse fato (para quem não sabe, sou o autor do livro “Hoje é seu aniversário – prepare-se”, uma obra que apesar de não tratar do mesmo assunto dos livros da Bruna Surfistinha, também é cheia de gozação, com pitadas de humor sem muito pudor, disponível nas livrarias Saraiva, Cameron e pelo site da editora AGE – Merchandising é importante quando não se tem uma saia curta).

Falando em saias minúsculas, tem uma frase (possivelmente de caminhão) que diz algo mais ou menos assim: “Mulher de minissaia é o mesmo que cerca de arame farpado: cerca a propriedade, mas não tapa a visão” (o que isso tem a ver com o texto? Não sei, mas gostei da frase). O que estarrece neste caso todo, é quando nos damos conta de que para fazer a sociedade parar um pouco para debater sobre a educação, é necessário que alguém curta sair de saia curta para estudar.

Outro fator que chama a atenção é de toda esta polêmica acontecer justamente em um País que praticamente criou o termo: “Fio dental mínimo”, que não é uma redundância, mas simplesmente a capacidade de se utilizar nada mais do que apenas o tecido da etiqueta para confecção de uma peça de vestuário de praia.

Como aqui na terrinha tudo que acontece de errado, acaba sendo culpa do Silva mais famoso do Brasil, acho que a tal saia por ser de cor vermelha (mesma cor utilizada nas touradas para enfurecer touros daltônicos), poderia ser associada ao presidente, e usada por aqueles que tentam colocá-lo em uma saia justa, tentando incriminá-lo pelos problemas ocorridos em torno da sainha ainda mais justa da jovem loira de São Paulo. Acho até que surgirão provas que, de alguma forma inexplicável, o episódio da saia foi que descambou no apagão geral, tudo por culpa do Lulinha. Enfim, em uma nação onde pessoas cursando o nível superior armam barracos por causa de uma simples indumentária, fico pensando que se um dia nosso presidente caminhar sobre as águas, vão acusá-lo de não saber nadar.



SUGESTÃO DE PRESENTE DE NATAL E AMIGO SECRETO: presenteie quem você ama, gosta, acha legal, ou que você tenha simplesmente tirado no amigo secreto da empresa com meu singelo livro: “Hoje é seu aniversário – Prepare-se” e faça DUAS pessoas felizes: a pessoa que recebeu o livro e eu, é claro, que estarei divulgando minha obra e ainda ganhando um troquinho com seu gesto. Não sabe onde adquirir o livro? Nas livrarias SARAIVA espalhadas por todo Brasil, na livrarias Cameron dos Shoppings da grande Porto Alegre ou no site da Editora AGE.

NOTA DO AUTOR: Os amantes da leitura agora dispõem de um excelente portal chamado: www.skoob.com.br, funciona como uma rede social (tipo orkut), mas com ferramentas de leitura, tipo: Estante virtual para cadastrar seus livros, histórico de leitura, resenhas, etc. Quem quiser participar vai encontrar por lá o meu singelo livro “Hoje é seu aniversário”, não esqueçam de adicioná-lo em suas estantes, ok? Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do livro, ou para fazer parte de minha lista de leitores, que recebem semanalmente meus textos, para isso basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.

SOBRE O AUTOR: Antonio Brás Constante se define como um eterno aprendiz de escritor, amigo e amante da musa inspiração. Lançou recentemente o livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br).

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc



A Vida

Obs: Texto recebido via e-mail



(Henfil)

“Por muito tempo eu pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade.
Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga.
Aí sim, a vida de verdade começaria.
Por fim, cheguei a conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade.
Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade.
A felicidade é o caminho!
Assim, aproveite todos os momentos que você tem.
E aproveite-os mais se você tem alguém especial para compartilhar, especial o suficiente para passar seu tempo;
e lembre-se que o tempo não espera ninguém.



Portanto, pare de esperar.... 
Até que você termine a faculdade;
Até que você volte para a faculdade;
Até que você perca 5 quilos;
Até que você ganhe 5 quilos;
Até que você tenha tido filhos;
Até que seus filhos tenham saído de casa;
Até que você se case;
Até que você se divorcie;
Até sexta à noite;
Até segunda de manhã;
Até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova;
Até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos;
Até o próximo verão,outono, inverno;
Até que você esteja aposentado;
Até que a sua música toque;
Até que você tenha terminado seu drink;
Até que você esteja sóbrio de novo;
Até que você morra;
E decida que não há hora melhor para ser feliz do que ...AGORA MESMO…



Lembre-se:



“Felicidade é uma viagem, não um destino”.
“Quem tem um porquê viver, encontrará, quase sempre o como.”      

(Nietzche)




10 novembro 2009

Zumbis e Zumbidos II

Autor: (Antonio Brás Constante)

Assim como Hollywood costuma fazer continuações de seus filmes, um escritor também pode valer-se de argumentos anteriormente escritos para criar novos textos (o primeiro texto “Zumbis e Zumbidos” está disponível no site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc). Visto que os vampiros voltaram a estar na moda através de filmes adolescentes como o longa Crepúsculo, resolvi falar novamente sobre estas criaturas noturnas e sanguinárias que vivem mortas para nos matar de susto.

Se levarmos em conta que os vampiros assim como os zumbis são mortos-vivos, podemos imaginar algum grau de parentesco entre eles. Talvez os vampiros representem o lado nobre da família, com seus castelos, roupas elegantes, jeito com as mulheres, etc. Já os zumbis são uns coitados, andam como se tivessem acabado de ser atropelados, suas roupas são uns trapos, moram literalmente em um buraco com uma lápide em cima, e assustam até defunto.

Enquanto os vampiros com seu jeito refinado preferem cair de boca em um bom sangue fresco, geralmente extraído do pescoço de belas mulheres. Os zumbis pegam o que aparecer pela frente, tem uma predisposição para comer cérebros, mas isto não parece aumentar em nada sua parca inteligência. Se por um lado os vampiros são podres de chiques, por outro os zumbis são apenas criaturas podres.

O vampiro fica com o filé mignon, dispõe de vários poderes, pode virar fumaça, transformar-se em animais ferozes e morcegos. Eles se deslocam de um lugar para o outro em grande velocidade, tem uma força descomunal e nunca despenteiam o próprio cabelo, cuidadosamente penteado com gel. Não é fácil matar um vampiro, aliás, é tão difícil quanto cassar ou incriminar certos políticos que perambulam por aí.

Para o zumbi sobra apenas o osso. Ele não tem poder algum, está sempre faminto e geralmente anda em bandos juntamente com outros zumbis ainda mais miseráveis que ele. Não são nada eloqüentes. O máximo que se permitem é soltar uns gemidos que apavoram menos do que aqueles que ouvimos nas filas do SUS. Vez que outra avisam que vão devorar o cérebro de alguém, utilizando seus dentes podres para quebrar a caixa craniana e se esbaldar na massa cinzenta que lhes der sopa. Se olharmos os filmes de terror, poderemos notar que qualquer coisa mata um zumbi, algo deveras misterioso, já que tecnicamente eles já estão mortos.

Em se tratando de personagens de filmes de terror, algumas outras curiosidades anda podem ser escritas, por exemplo, podemos supor que o monstro de Frankenstein surgiu dos delírios de um cientista louco que era viciado em quebra-cabeças, o lobisomem nada mais é do que um mascote canino vitaminado, que se liberta de sua coleira nas noites de lua cheia, virando uma fera transloucada toda vez que lhe chamam de lulu.

Enfim, em um mundo onde se criam bombas cujo único intuito é matar o maior número possível de “inimigos”, onde se mutilam e estupram crianças, onde pessoas morrem de fome, de sede, ou por ignorância, os monstruosos vampiros, os zumbis, lobisomens, mulas-sem-cabeça, sacis-pererê, ou qualquer outra criatura das trevas de nossa imaginação, não chegam nem aos pés do pior de todos os monstros, o ser humano.





NOTA DO AUTOR: Os amantes da leitura agora dispõem de um excelente portal chamado: www.skoob.com.br, funciona como uma rede social (tipo orkut), mas com ferramentas de leitura, tipo: Estante virtual para cadastrar seus livros, histórico de leitura, resenhas, etc. Quem quiser participar vai encontrar por lá o meu singelo livro “Hoje é seu aniversário”, não esqueçam de adicioná-lo em suas estantes, ok? Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do livro, ou para fazer parte de minha lista de leitores, que recebem semanalmente meus textos, para isso basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.

SOBRE O AUTOR: Antonio Brás Constante se define como um eterno aprendiz de escritor, amigo e amante da musa inspiração. Lançou recentemente o livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br).

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

06 novembro 2009

Coisas que ouvimos há séculos...

O Mundo vai acabar... De acordo com o calendário Maia - segundo dizem alguns - em 2012...
O fato é que, o fim dos tempos já se espera há séculos... Assim como outras coisas que se espalham por aí...
Como a famosa premissa: "As crianças de hoje serão o futuro de amanhã!" Perdão pelo pleonasmo, mas ele visa enfatizar o adiamento de responsabilidades...
Ora, minha avó já ouvia tal frase, assim como a mãe dela e assim em diante... não precisa detalhar a árvore genealógica.
É assim quando se prega a importância de se cuidar do Planeta Terra, para benefício das gerações futuras! Não que não seja realmente necessário, mas tende-se a fazer de forma a transferir responsabilidades às futuras gerações, desobrigando as atuais, ou fornecendo-lhes a desculpa perfeita para a falta de atitude...
O resultado, é deveras previsível, deixa-se a responsabilidade para as vindouras gerações e quando elas chegarem, igualmente deixar-se-á a cargo das próximas; toda e qualquer responsabilidade... E de tempos em tempos, enquanto o Mundo existir, assim caminhará a Humanidade, sempre a postergar responsabilidades...
Resultado? É que coisas que ouvimos há séculos, por muitos mais ainda serão ouvidas...

05 novembro 2009

As Três Peneiras

Olavo foi transferido de setor. Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com esta: Chefe o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele...
Nem chegou a terminar a frase, Juliano, o chefe, o interrompeu:
- Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das peneiras?
- Peneiras? Que peneiras chefe?
- A primeira, Olavo, é a da verdade. Você tem certeza de que este fato é absolutamente verdadeiro?
- Não, não tenho não! Como posso saber? O que sei foi o que me contaram... Mas eu acho que...
E, novamente Olavo é interrompido pelo chefe.
- Então sua história já vazou a primeira peneira! Vamos então para a segunda peneira que é a da bondade. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Claro que não! Deus me livre, chefe! - diz Olavo assustado.
- Então - continua o chefe - sua história vazou a segunda peneira. 
Vamos ver a terceira que é a da necessidade
- Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou passá-lo adiante?
- Não, chefe. Passando pelo crivo destas peneiras, vi que não sobrou nada do que eu iria contar - falou Olavo surpreendido.
- Pois é, Olavo, já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? - diz o chefe sorrindo e continua - Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-se ao crivo dessas três peneiras: Verdade, Bondade, Necessidade; antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, porque:



  • Pessoas inteligentes falam sobre ideias;
  • Pessoas comuns falam sobre coisas; e
  • Pessoas medíocres falam sobre pessoas
(autoria desconhecida)

03 novembro 2009

Pátria Madastra Vil

Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de  escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL. Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade. O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições. Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está  mais para madrasta vil. A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica. E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse  que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição! É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem! 

A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão. Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso? 
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil. 
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona? Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos. 
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho? 






OBS: Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos , estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários. 

Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade' 


P.S: Texto recebido via e-mail



A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO. 









Favor divulguem, aos poucos iremos acordar este "BraSil".  








02 novembro 2009

Carta para meu avô

Tanta coisa ainda por falar... expectativas, anseios, sonhos e porquê não?; até receios... 
E de imediato me vem a lembrança de que isto já não é mais possível... Tu já não estás mais aqui...
Ah, pudera voltar no tempo e não perder segundos com bobagens... Permitir-me desfrutar de tua companhia; sorrir junto a ti, abraçar-te; contigo passear... Lágrimas me escorrem pelos olhos, só de lembrar o quanto podia ter aproveitado e não o fiz... O quão egoísta e mesquinha, ainda que inconscientemente, eu fui...
Tento dizer a mim mesma que é bobagem... Que sempre saberás o quanto te amo, mesmo que eu não o tenha dito sempre que possível... Nem sempre é possível se ter uma nova chance... Se pudéssemos saber disso antes de desperdiçar oportunidades... Daqui a pouco, as lágrimas irão reinar e ao cair no papel; dissolver as sinceras palavras de uma imensa saudade...
Que poderei fazer? Erro meu, porém se não falei enquanto era tempo; falar-te-ei por carta, porque segues vivo dentro de mim, não só nas lembranças, mas bem profundo dentro do meu coração...
Rezarei por ti, querido avô, na certeza de que um dia; ainda iremos nos encontrar!

                        Beijos, te amarei para sempre...
                                                                      Lílian Soares

Fim do Mundo em 2012 e depois... Olímpiadas


Texto de Antonio Brás Constante


Em meio ao revoar de balas perdidas (uma epidemia nacional), ganhamos o direito de efetuar as olimpíadas de 2016, talvez porque tenhamos demonstrado que temos “bala na agulha”. A propósito, se houver alguma modalidade sobre derrubadas de árvores ou de helicópteros, teremos uma boa chance de medalhas.


Outra modalidade que está cada vez mais ganhando força (e perdendo qualquer esperança de justiça ou moralidade) é o arquivamento de denuncias governamentais sem barreiras (em qualquer esfera política).


Atualmente dispomos de dois fortes concorrentes nesta modalidade de arquivamento, um em Brasília, que trabalha lá (isto foi uma piada, ok?), e por mais denúncias que apareçam, ninguém consegue colocar os seus vultosos bigodes de molho. Ele, porém, deve estar conseguindo molhar outras coisas, já que arquivam tudo o que envolve a sua imortal pessoa. A segunda concorrente é aqui do RS, governando o próprio mandato e desgovernando todo o resto (quando digo: “todo resto”, eu estou me referindo a todos os gaúchos que vivem sob seu jugo).


Sem mudar muito de assunto, mas já mudando, enquanto por aqui os helicópteros caem, lá nas terras do Tio Sam os balões sobem. Como na história do balão que carregou um menino (ao invés de ser o contrário). Notei que desta vez foi um brasileiro que provavelmente serviu de exemplo para os devaneios americanos, visto que fomos precursores (olhando apenas o passado recente) no lançamento de um padre voador, movido a balões, e que talvez não tenha entendido bem como deveria fazer para ascender aos céus.


Voltando as olimpíadas, nossa torcida terá que começar bem antes do que a de qualquer outro país, pois não torceremos apenas por nossos atletas, torceremos também para que os governantes de nossa nação parem de agir como seres sem qualquer noção. E não pensem que bastará fazer como há pouco tempo atrás, onde esconderam nossa pútrida pobreza dos pudicos olhos papais, quando o pontífice veio visitar nossos umbrais.


Antes de tentarmos acertar o tiro na mosca, ou a flecha no alvo, temos que procurar acertar o orçamento necessário para realização do evento, para que ele não acabe se tornando 500% maior (estou sendo otimista) do que a previsão inicial, como geralmente acontece.


Todas essas divagações somente valem se o mundo não acabar em 2012 (é claro), algo que seria bem possível de acreditarmos, já que se a humanidade gosta de crer  em coisas escritas a mais de dois mil anos, qual o problema em achar que os iluminados Maias não poderiam estar certos? (se bem que vaga-lumes também são seres iluminados, e nem por isso encontramos pessoas acreditando neles... bem, talvez algumas).


O fim do mundo pode ser entendido de várias formas, por exemplo, muitos podem entender que o fim do mundo é alguém ser contratado para cantar o hino nacional sem saber a letra. Outros podem entender que cair para segundona é pior do que qualquer apocalipse, e por aí vai. O fim do mundo acontece a cada instante perdido, a cada chance desperdiçada, ou toda vez que deixamos acontecer o pior quando poderíamos ter evitado. O fim do mundo é o arrependimento guardado em nossas lembranças... E que venham as olimpíadas.


NOTA DO AUTOR: Os amantes da leitura agora dispõe de um excelente portal chamado: www..skoob.com.br, funciona como uma rede social (tipo orkut), mas com ferramentas de leitura, tipo: Estante virtual para cadastrar seus livros, histórico de leitura, resenhas, etc. Quem quiser participar vai encontrar por lá o meu singelo livro “Hoje é seu aniversário”, não esqueçam de adicioná-lo em suas estantes, ok? Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do livro, ou para fazer parte de minha lista de leitores, que recebem semanalmente meus textos, para isso basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.


SOBRE O AUTOR: Antonio Brás Constante se define como um eterno aprendiz de escritor, amigo e amante da musa inspiração. Lançou recentemente o livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br).


Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

01 novembro 2009

A Cabana


" Esta história deve ser lida como se fosse uma oração - a melhor forma de oração, cheia de ternura, amor, transparência e surpresas. Se você tiver que escolher apenas um livro de ficção para ler este ano, leia A Cabana" - Michael W. Smith

Sinopse: Durante uma viagem de fim de semana, a filha mais nova de Mackenzie Allen Phillips é raptada e evidências de que ela foi brutalmente assassinada são encontradas numa cabana abandonada. Após quatro anos vivendo numa tristeza profunda causada pela culpa e pela saudade da menina, Mack recebe um estranho bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o a voltar à cabana onde aconteceu a tragédia. Apesar de desconfiado, ele vai ao local numa tarde de inverno e adentra passo a passo o cenário de seu mais terrível pesadelo. Mas o que ele encontra lá muda o seu destino para sempre. Em um mundo cruel e injusto, A Cabana levanta um questionamento atemporal: se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento?  
As respostas que Mack encontra vão surpreender você e podem transformar sua vida de maneira tão profunda como aconteceu com ele. Você vai querer partilhar este livro com todas as pessoas que ama.


Quem nunca se flagrou indagando o mesmo: Se Deus existe, porque "permite" a maldade presente no mundo? Longe de querer dar uma resposta pronta, o livro nos leva a uma instigante reflexão acerca de fé e expectativas e também de como lidamos com nossos tormentos e problemas. A quem interessar possa, não se trata de um livro de autoajuda, mas de uma bem escrita ficção que nos leva a refletir sobre nossa vida, e nossa postura diante das adversidades... Não é a toa, que o crítico Michael W. Smith recomenda que se leia o livro, como a uma oração....Não percam a chance de ler esta obra prima, ao mesmo tempo simples e singela, mas que tende a provocar questionamentos e mudanças profundos... Em suma, o Espaço da Palavra recomenda este livro!