De duas coisas eu tenho quase certeza, ou o inventor da Vuvuzela é surdo, ou não teve infância e queria recuperar o tempo perdido. O fato é que com o frenesi da copa mundial, ninguém, ou quase ninguém se lembra do período de eleições. Talvez a ponto de, mesmo ao se juntar todos os candidatos e providenciar uma “orquestra” ensurdecedora da maldita corneta, não se notar sequer, a existência deles. Agora, uma constatação: que maravilha o trânsito em dias de jogo da seleção. Na verdade, que trânsito? Fotos demonstraram ruas habitualmente congestionadas, totalmente vazias. Enquanto isso, oposto ao inabitual silêncio, ouve-se o tão comentado barulho ensurdecedor a parecer um enxame, e os comentários um tanto quanto exagerados e no intuito de puxar o saco de alguns jogadores. E aí, já se adentra em outro assunto, o impacto da rede social Twitter. Míseros 140 caracteres e o mundo inteiro sabe quem é Galvão Bueno, ou; ao menos, sabe após o tweet um dos mais comentados “Cala a Boca Galvão” virar assunto até mesmo de publicações estrangeiras. Alguns podem se perguntar, e porque não, usar a força desta rede social e exigir: mais empregos, mais dignidade, um sistema de saúde eficiente e eficaz, menor e mais justa carga tributária, mais investimentos em educação, além da valorização do profissional, distribuição de renda mais justa... e tantos dentre outros assuntos que tanto fazem falta ao que um dia, ousamos sonhar de ter como Nação e, enfim, poder estufar o peito e dizer com orgulho, que amamos nosso país, e que o orgulho das cores verde e amarelo, é supremo e mais forte, do que apenas a paixonite que ele gera de 4 em 4 anos, nas épocas de copa? A resposta não vem... Talvez por se tratar de um assunto complexo, ou talvez porque quando um certo narrador esportivo fala, é difícil dizer quem incomoda mais, ele ou, a insuportável vuvuzela. Sem dúvida, é uma questão complicada de se responder. Enquanto isso, façam-se as apostas nos bolões, de preferência, das zebras; e, vamos combinar, até que tocar insistentemente as vuvuzelas a fim de irritar certos “vizinhos” que são meio bola murcha, mas se acham muito bola cheia... não seria assim tão ruim não? E vamos aí, a seguir em frente, no ritmo da Copa, porque... eleição ou qualquer outro assunto afim, só depois da final!
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