08 setembro 2009

Desabafo de Concurseiro (a)

Aff, faz-se extremamente necessário uma regulamentação adequada para o exemplar funcionamento dos concursos públicos. Ora, há milhões de concurseiros no país todo, os quais dedicam todo seu tempo, dinheiro e investimento nos estudos, além da tensão e ansiedade habituais, no dia da prova, descobrem, em seguida, que tamanho investimento foi em vão....
A banca organizadora do certame, é despreparada, mal organizada e compremete a lisura do concurso... Cancelam-se provas... As remarcam sem saber, ou imaginar, se o novo dia previsto, maior parte dos candidatos também não estariam inscritos em outros concursos... Sem contar também, as questões extremamente mal feitas, com comandos confusos, ou mais de uma resposta certa... Bem, nem parece que a banca examinadora teve tempo suficiente ou melhor, dedicação a fim de realizar algo bem feito... Na verdade, é difícil dizer quem agiu pior, se o órgão que dispõe a vaga a ser preenchida ao fechar contrato com uma banca organizadora qualquer, a fim de pagar mais barato - e não necessariamente pela qualidade - ou se a banca, que não demonstra um mínimo exigível de organização e serviço qualitativo prestado...
A quem nunca passou situação parecida - e, sinceramente desejo que nunca passe - refiro-me ao recente concurso para o Ministério da Justiça. A Funrio, deixa muito a desejar em critérios qualitativos e, os concurseiros que se virem para remediar algo que não lhes deve ser atribuído... Bem pior foi para os candidatos que além do tempo de estudo, investiram dinheiro ao se deslocar de suas cidades e vir realizar as provas na capital federal... Será que vão lhes restituir o dinheiro gasto em vão? Ops... não se trata de uma utopia! Ah, e sem falar nos tópicos do edital, que muitas vezes nem dão o ar da graça nas provas... Ou matérias que nada tem a ver com o exercício do cargo a ser disputado... Alguns poderiam dizer, mas isto é necessário para classificar os candidatos... Bem, acredita-se piamente, na lógica de selecionar o melhor para o cargo, cujo conhecimento teórico seja aplicável a prática, ou não? Ou se pretende apenas um subtefúrgio para eliminar candidatos? Sinceramente, tenho minhas dúvidas se o cobrado em concurso realmente serve para medir conhecimento, ou, se em meio a questões que o fazem, há também inúmeras, cuja finalidade serve apenas ao intuito de eliminar por eliminar... Não a toa, uma metáfora muito utilizada é a de que os membros de uma banca examinadora, são pessoas frias, calculistas e perversas que conchavam a melhor maneira de ferrar o candidato...
Pior que tudo isso, só ter de fazer provas, nas quais caia matemática - e um ínfimo e quase inexistente espaço para rascunho - sem poder usar lápis e borracha, assim como não poder utilizá-los para o esboço da redação... A justificativa? Evitar cola, fraude... E não poder usar relógio a fim de controlar o tempo de resolução das questões? Hum... melhor por aqui... a tão sonhada recompensa da estabilidade no serviço público, tem também suas mazelas e aborrecimentos, talvez até numa lista grande... melhor não extender muito... Agora, concurseiros merecem e exigem respeito, e alguma providência, urgente, deveria ser tomada... Mas a grande mídia, só se preocupa e considera o vestibular, não é mesmo?

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