26 agosto 2013

Desabafos de uma Concurseira

Vamos falar de um assunto pertinente para todo concurseiro e concurseira: bancas examinadoras. Mais especificamente, da comparação entre elas… Que tal dar nome aos bois? Vou me ater a duas das mais conhecidas: Cespe e Esaf. E, se engana caro leitor se acha que vou puxar saco de uma ou outra. Ambas têm suas vantagens e desvantagens.

 Por exemplo, é inegável que não se faz prova de português como o Cespe! Mesmo quem não possui familiariedade com a língua materna, há de concordar. Primeiro, por focar interpretação de texto, segundo porque ela, em regra, não é uma prova com um – ou mais de um – texto gigante, de forma que ao fazer a prova leve-se mais de uma hora apenas ao resolver esta disciplina. Bem, nem precisa falar né? No mínimo se pode dizer que as provas da Esaf são exaustivas e cansativas, com textos enormes, muitas vezes de tema e linguajar difíceis e com (sub)textos enormes nas alternativas A, B, C, D,E para que se encontre o erro, gramatical ou de grafia. 

Ou então um quadro com diversas opções para se completar corretamente uma determinada sentença. Contudo, considero certíssimo a valorização que esta banca dá ao Português. Ora, num país onde avaliações acerca da educação atestam que muitos brasileiros, mal sabem Português e Matemática ao término do ensino fundamental…. é imprescindível selecionar o melhor candidato pelo efetivo e eficaz conhecimento do idioma oficial de seu país. Em outras palavras, Nas provas da Esaf português tem peso 2. Ok, confesso, parte de minha opinião é puramente mesquinha. E por que? Porque tal fato ajuda a elevar minha nota, já que sou boa em língua portuguesa. Já em matemática… 

Mas enfim, nem mesmo isso invalida minha opinião acima. Independente das especialidades exigidas no cargo, uma coisa é fato: é imprescindível saber bem o português. Tal conhecimento faz a diferença, inclusive, na iniciativa privada. Mas, por outro lado, se olharmos a parte de Informática…. Pelo amor de Deus, da onde o examinador tirou a ideia para aquelas questões de informática da prova do PECFAZ 2013? Olha, ao menos fica a dica, na próxima prova da Esaf vou ficar decorando nomes de softwares, de módulos para sistemas operacionais, de como são chamadas certos tipos de sites com podcasts, notícias, vídeos… Por Deus, que conhecimento isso mede? Entendo que num cargo público o servidor tenha que saber o básico, pelo menos, como usar os editores de texto, excel, powerpoint; além de ter conhecimento de Internet, Intranet, segurança e qualidade das informações ou no mínimo, algo que consiga cobrar em teoria, algo que venha a ter utilidade na prática… Tenham piedade, caríssimos examinadores, concurseiros já tem coisas mil para estudar, para ter que ficar perdendo tempo decorando coisinhas que no cotidiano do servidor, não terão utilidade. Ora, hoje em dia, até criança de 2 anos, sai mexendo em tablets e aprendendo a acessar por experimentação e associação, então, haja paciência, ao menos cobrem algo que possa auferir conhecimento!

 E para terminar… Primeiro queria entender o porque de ter cair raciocínio lógico. Mas enfim, se for como no Cespe, ainda vai lá. Mas a Esaf insiste com a mania de cobrar Matrizes, trigonometria, geometria e outros ia, que qualquer ser mortal com ojeriza a matemática fez questão de esquecer…. Até um professor de raciocínio lógico que tive confirmou que isso de matriz não tem utilidade para os meros mortais….. Bem, aqui mais uma vez a vantagem é do Cespe né? Primeiro, tem sempre aquelas sentenças onde você tem que descobrir quem mente, ou de acordo com as sentenças dadas concluir quem é ou faz o que. Geralmente, Esaf e outras colocam no edital raciocínio e cobram matemática pura. 

Que posso fazer? Se acreditasse em reencarnação pediria para na próxima vida vir um crânio em matemática…. O que resta é aceitar que a vida de concurseira não é nada fácil e exige treinamento e disciplina similar ao de um atleta. Ou a uma corrida de obstáculos… Onde, goste-se ou não, não tem jeito, é estudar, estudar, perseverar e persistir até que se alcance o resultado pretendido. Por isso, desabafo feito, vamos seguir na luta. Boa sorte a todos que se encontram nesta árdua luta e, perseverança sempre!

21 agosto 2013

Wolverine Imortal



A Eternidade pode ser uma maldição! Eis o ponto de partida para o pano de fundo de Wolverine Imortal. Não vá ao cinema esperando ver a continuação de X-Men Origens, Wolverine. Os acontecimentos aqui mostrados são posteriores aos de X-Men 3, Confronto Final, quando o herói meio torto mata a sua amada Jean Grey  (Famke Janssen) para salvar a humanidade.

O filme começa com um lado mais introspectivo, demonstrando a vida reclusa e solitária do protagonista, ao perder todo e qualquer referencial e sentido na vida. Possui também um aura mais sombria e soturna que o Origens, contudo sem ser pesado. Como não poderia deixar de ser também, tem bastante e ótimas cenas de ação.

Adaptação do arco de histórias nos quadrinhos em que Wolverine vive no Japão, o filme acerta por focar na essência do herói. Alguém sem nada a temer, que tem forte senso de justiça, assim como uma imensa raiva e um lado violento. Chamado por Yukio (Rila Fukushima) para se despedir de Yashida – um soldado que Logan salvara  na época da Guerra em Nagasaki – lhe é ofertado a aparente solução de seus problemas. Livrar-se do seu poderoso fator de cura e, assim ter uma vida meramente normal e mortal.
Desconfiado que é, Wolverine recusa, mas se vê as voltas com embates contra os membros da Yakusa enquanto tenta proteger Mariko, neta de Yahisda. Obviamente,  que por trás da inusitada e “generosa” oferta, há segundas intenções. O protagonista também de lidar com o fato de estar ficando “fraco” já que a médica mutante (Víbora) o infecta com um “brinquedinho” que neutraliza seu dom de cura.

Se não for fã do mutante mais famoso do Marvel, não crie expectativas de assistir um filme sobre os demais mutantes, – é sempre bom avisar, porque acreditem se quiser, apesar do óbvio pelo título, há quem reclame porque o filme mostrou apenas o Wolverine -  se curte o universo X-Men e todos seus personagens, garante-se: o filme é entretenimento garantido e vale o ingresso. Por falar nisso, um aviso aos apressadinhos de plantão, não se levante de sua cadeira logo ao aparecerem os créditos, sob o risco de perder uma surpresinha fodástica. Obviamente, uma pista de uma provável continuação.

P.S: Adorei a Yukio, Taí uma personagem que deixa o gostinho de quero mais!


13 agosto 2013

Perception / S02E05E06




S02E05 / Caleidoscope

Qual o limite entre o real e o virtual? Tal questão pode resumir o cerne deste episódio. Aqui o foco da investigação é descobrir quem matou Kurt Simpson, que sob pseudônimo de Mpresario, num jogo virtual – similar ao second life – cometia crimes como roubo de identidades e fraude com cartões de crédito, estes com reflexos reais.

Diferentemente de outros episódios, Daniel e Kate trabalham separados. Enquanto a agente persegue pistas mais concretas, o a priori relutante dr Pierce adere ao jogo criando um avatar para se aproximar de Jeremy, um garoto já tão viciado na realidade virtual de Caleidoscope que há anos não sai de casa.
Há de se destacar uma das cenas raras de descontração do protagonista em que totalmente imerso nas ilusões do mundo virtual, ele canta completamente desinibido num palco. E com direito inclusive, a um breve affair com quem parece a personificação da mulher perfeita. Contudo se o limite entre real e virtual, quando não bem conduzido pode causar estragos na vida de uma pessoa normal, imagina na mente de um gênio esquizofrênico; além de suas habituais alucinações?

Ainda assim, a genialidade do neurocientista prevalece, descobrindo a pessoa por trás do crime e ainda de quebra, dando seu jeito para, de alguma forma, trazer o jovem Jeremy de volta à sua vida e à normalidade.
Confesso que achei o episódio fraquinho, comparado aos demais exibidos. Mas ele nos faz pensar sobre o limite entre o real e o virtual, e o perigo de não saber conduzi-lô equilibradamente.  E, como sempre em todos os episódios da série, seja nos momentos iniciais ou finais, nos brinda com belos dizeres reflexivos.

S02E06 / Defective

Sensacional! Bem melhor que o episódio anterior! Como sempre ao início, informações importantes sobre o funcionamento do cérebro; aqui, sobre os hemisférios e suas respectivas funções e, sobre como, via de regra, na prática, costuma-se usar apenas metade da vasta capacidade cerebral. Concorde você ou não, caro leitor, há de concordar que o destaque foi o trabalho em parceria de Dr Pierce e Donnie, o ex-marido de Kate. Isso mesmo, aquele que aparentava morrer de ciúmes do charmoso neurocientista e até o alertara para se afastar da ag. Moretti.

Em Defective podemos ver um outro lado do personagem, mais humano, demonstrando-se suas qualidades e idealismo, ao dispor-se a lutar contra uma grande corporação, Oscidyne, que ignora os defeitos de um produto, por visar única e exclusivamente o lucro. Trata-se do MPC (Marca-passo cerebral), um implante  cuja função é amenizar, por exemplo, os sintomas do parkinson. Aparentemente com alguns defeitos, tal aparato acaba gerando efeitos colaterais perigosos a seus usuários.

Dr Randall é um médico cuja esposa também é usuária do MPC e tanto quanto Dr Pierce  e Donnie, se preocupa que seja tomada uma providência a respeito do tal aparato. A princípio, o protagonista também estranha o empenho de Donnie no caso, mas a desconfiança vai dando a lugar a uma breve cumplicidade e, quem sabe, ao que talvez seja o início de uma futura grande amizade.  Donnie acaba se abrindo com Daniel acerca de uma encucação, por recusar caso similar e importante no passado, além do seu desejo de provar a Kate que pode ser um novo homem e digno de confiança.

Infelizmente, um pouco, o assassinato de Dr Randall e a suposta conspiração da Oscidyne  para matá-lo, dão lugar ao habitual clichê de uma amante desesperada para se tornar a oficial e assim, acabar metendo os pés pelas mãos. Um hacker que auxilia Kate, descobre um aparelho MP3, pelo qual alguém mudava as frequências dos eletrodos dos MPCs, fazendo com que o aparato causasse algum efeito colateral em quem o usasse.

Ou seja, nunca houve defeito. Alguém sabotava os MPCs, mexendo com os cérebros alheios de modo a criar toda esta farsa… Trata-se de Tess Willians, que trabalhava para Oscidyne, e teve um caso com Randall. Sua intenção era matar a esposa dele, e responsabilizar tal morte, com um erro do produto da sua empresa… Mas nada saiu conforme o planejado.

Não se pode esquecer também, de falar da alucinação da vez, neste caso, uma versão melhorada do dr Daniel Pierce, sem esquizofrenia e bem sucedido, tanto pessoal, quanto profissionalmente. O neurocientista até teve a proposta de experimentar, algo como um MPC, para combater os sintomas de sua doença e levar uma vida absolutamente normal. O protagonista recusou-se, se por medo ou comidade, fica a dúvida no ar…

Mas que charme teria, numa série em que o personagem principal tem suas similaridades com o matemático John Nass de Uma Mente Brilhante, sem sua genialidade e o pacífico convívio, por assim dizer, com suas alucinações? Alguém se arriscaria a responder?

08 agosto 2013

Falta de Respeito

Imagina só, você resolve espairecer, seja de uma rotina desgastante de estudo para concursos públicos, seja de tarefas-mil no ambiente de trabalho; indo ao cinema, afinal de contas, nada como ver um bom filme em ótima companhia.  Você só se preocuparia com o preço um tanto salgado da bilheteria, exceto que você teria pago dez reais para fazer uma espécie de cartão fidelidade, que, a princípio, deveria lhe proporcionar alguns benefícios....

Eu disse a princípio, porque, primeiro, a ganância é tanta que sequer divulgam a existência de tal cartão para os clientes. A tática aqui, é lucrar a todo custo em cima da desinformação. Segundo, seja lá qual benefício ele dê - se é que dá - tal não existe em período de férias. Ué, como assim? No período em que a clientela tende a aumentar, não seria mais lógico manter promoções visando atrair mais clientes? Talvez seja a (i)lógica do mercado, sei lá, que uma mísera mortal como eu entende de economia? Parece papo de grego...

Acontece que a atendente, para variar de extrema má-vontade - qualquer traço aqui de sarcasmo e ironia é extremamente proposital - diz que o tal cartão fidelidade serve apenas para ganhar brindes, nada mais, nada menos que isso. E ok, você também não fez 100% sua parte, por mera preguiça de ler aquelas letrinhas miúdas do regulamento, mas há de se concordar que não tem lógica alguma, um tipo de cartão para fidelizar o cliente, que apenas dê brindezinhos, não é mesmo? Ainda mais aqueles do tipo, cartãozinho com dicas para baixar um game do Meu Malvado Favorito Minion Rush, que se bobear, hoje em dia, o filho de 3 anos do seu vizinho já sabe instalar no smartphone do pai, ou mesmo num computador ou tablet não é mesmo?

Para piorar, sempre que você resolve se divertir indo ao cinema, percebe que daqui a pouco terá de ir três horas antes da sessão que desejar assistir, de modo a não perder o começo do filme. E não, não me refiro a um provável trânsito caótico que por ventura possa atrapalhar o seu programa - apesar de que tal não é impossível de ocorrer - mas sim, a uma fila quilométrica de outros que igualmente querem curtir um cineminha e, pasmem, ainda assim em uns 10 caixas, tem somente dois funcionando, numa vagareza pior do que a de uma lesma, e ainda pior, com as poucas atendentes, atendendo na maior das más-vontades e, ainda pensando ter o direito de achar ruim se algum cliente, com toda razão, reclamar!

Que porcaria é essa? Tremenda falta de respeito, isso sim. Infelizmente, o público não faz um boicote geral, reclama e ainda continua indo lá.... Por isso, na prática, nada muda. Sendo sempre mais do mesmo!

01 agosto 2013

Frivolidades do dia a dia

Quem nunca se zangou com bobagens que atire a primeira pedra. Como quando você quer ver seu filme, série ou novela predileta, e ao seu lado, uma pessoa pentelha, que nem acompanha o enredo fica a te perguntar tudo. E ainda pior, geralmente no clímax da cena mais importante. Experimenta você dizer um pio na hora em que esta pessoa está concentrada assistindo TV pra você ver só uma coisa. . .
E aquele dia em que de boa vontade resolveste fazer uma limpa no armário, disposto a doar roupas velhas - em bom estado claro - assim como os livros, e estes resolvem cair “como chuva” aos seus pés, aumentando ainda mais a desordem?
E quando você disponibiliza um espaço de seu preciosíssimo tempo, ajudando a lavar a louça e ainda tem de ouvir, com extrema má-vontade, o outro reclamando que você não enxugou a pia, ou que não lavou primeiro os copos do que as panelas. . .
Não é mole, não! Creio que todo ser vivente tem seus dias de se aborrecer com pequenas frivolidades. Isso não é privilégio de ninguém. Como bem lembrado, quem nunca passou por isso que atire a primeira pedra!