Mostrando postagens com marcador Crônicas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Crônicas. Mostrar todas as postagens

22 dezembro 2014

Promessas...



Fim de ano chegando, tempo de refletir, sobre a caminhada... 
Os amigos com os quais cruzamos... 
Aqueles que estiveram ao nosso lado; os presentes em nosso pensamento; os distantes porém presentes no lado esquerdo do coração! Pensar em como agimos, quantas vezes demos o nosso melhor, seja para si, ou para os que nos cercam...

Refletir sobretudo acerca de nossas atitudes, nossa relação com o mundo...
Fizemos a diferença é vamos deixar nossa marca, ou seremos apenas mais um na multidão? Rimos, sonhamos e lutamos pelo que desejávamos? Ou somente nos acomodamos em um papel de vítima, sem tomar atitude e só reclamando da vida?
De qualquer forma, é chegada a hora do término de mais uma etapa da caminhada, e de planejar qual roteiro será escrito na folha em branco da próxima! E de tomar a mais importante das decisões, seremos mero espectador do palco da vida, ou atores e diretores compondo uma peça? Quais promessas - tantas delas - listaremos como prioridade cumprir e quantos sonhos deixaremos pelo caminho? O quanto disporemos de nós, visando transformar sonhos em ações? 

Até que ponto estaremos dispostos a lutar pelo que se acredita? Que a magia do "espírito de Natal" nos permita, além de paz e boa vontade, a fé e a determinação de tomar as rédeas de nossas vidas! Fazer promessas - não as vazias, ou as de sempre - mas com o compromisso de traçar metas e alcançar objetivos. Que seja infinita a "caneta" ou o "lápis" para escrever belas histórias na folha em branco. 

E que os pequenos deslizes, ou sofrimentos que porventura vierem a surgir, não se tornem obstáculos a sobrecarregar o caminho! Assim como não sejam motivo de desânimo e desistência! Cabe destacar que só a cada um compete traçar os rumos de sua caminhada... E que rumo à 2015, caminhemos com perseverança, comprometimento e muita fé. Doando o melhor de si, rumo às vitórias e sem vínculo com promessas vãs! Boas Festas, Feliz Ano Novo!!!!

25 novembro 2014

Loucos Por Café



Café é tão bom que até os astronautas fizeram por onde criar-se uma máquina que os permita apreciar a bebida na imensidão do espaço! Um cafezinho é sempre bem vindo pra repor energias, reunir amigos, agradar uma paquera...

E quantos momentos marcantes a famosa bebida não esteve presente. Forte, moderado ou fraco, há quem não o dispense, abrindo mão de um doce, ou da apetitosa comida, só pra guardar um espaço, um tanto quanto sagrado, para o cafezinho!

Frio ou quente, meia xícara ou uma inteira, ou ainda uma garrafa térmica completa, difícil não notar o semblante de alegria dos loucos por café! E gostam tanto que até a balinha tem de ser de café! E os acompanhamentos? Chocolatinho, biscoito amanteigado ou de nata, Míni- brigadeiro, wafer com ponta de chocolate, chantilly... Hum... Já deu água na boca!

E se for o cappuccino kopenhaguen então... Sem palavras exatas para descrever! Arrisco-me ao exagero de comparar com uma experiência divina, sobrenatural! Não perca tempo, experimente o seu e curta o singelo momento delicia!!!

24 novembro 2014

Cartões de Natal



Talvez seja nostalgia, quem sabe? Mas nada se compara à alegria de receber um cartão de Natal! É deveras gratificante ver que outra pessoa dispensou um pouco de seu precioso tempo, procurando um cartão fofo que lembrasse você, e depois as palavras exatas de modo a lhe evocar as mais singelas emoções! Ok, que mandar uma breve mensagem via e-mail, rede social ou WhatsApp é mais rápido e prático! É daí? Soa tão frio, mecanizado, impessoal...
Não que eu seja uma pessoa avessa à tecnologia, apenas acho que ela não deve ser como uma " religião fundamentalista" ou como um vício, porque para tudo na vida, é fundamental o equilíbrio!

Outro exemplo? Inegável a imensa qualidade das fotos tiradas com as máquinas digitais, sobretudo as mais modernas, ( devido às constantes inovações ); no entanto, pergunte a si mesmo quantas vezes você se flagrou curtindo as fotos? As de antigamente, apesar da trabalheira pra revelar e organizar em álbuns, ou porta retratos, chegam a criar até mesmo uma espécie de atmosfera mística, evocando risonhas e memoráveis lembranças, especialmente se curtidas em família. As fotos copiadas para o computador, quantas vezes as vemos e revemos? Nem tente negar, em regra elas ficam esquecidas...


É, mal de um ser nostálgico viver sob saudade do que passou... Contudo, convenhamos, quem nunca se pegou pensando em como ligeiros costumes refletiam maior calor humano? Acaso já abraçou alguém hoje? Nada como um bom e apertado abraço! Todavia, é assunto para outra ocasião! Até lá, seguirei curtindo meu " ritual" nostálgico, deleitando -me e já a imaginar a sensação gostosa de quem receberá meus cartões! E aproveito para confessar, adoraria que alguém pensasse o mesmo e os mandasse pra mim. Sentiria um carinho tão imenso mediante gesto tão simples, cuja sensação poderia ser perfeitamente resumida em: Não tem preço! E você já mandou o seu?

29 abril 2014

O Santo que tomou Doril

Todo mundo conhece, ou já ouviu alguém que conhece uma daquelas histórias que parecem piada, mas a pessoa jura de pés juntos que aconteceu. Como no caso da Inês, que jura ser verdade, todas as vezes em que narra o caso do santo que sumiu. Inês, como qualquer garota romântica, sonha em encontrar o princípe encantado, casar e ser feliz pra sempre! Ou enquanto durar... Mas enfim, a moça faz planos de uma vida a dois. Acontece que a timidez é um obstáculo, privando-a de oportunidades. Eis que assim, durante sua adolescência, era a única dentre as amigas que não tinha namorado. E todos sabem que na adolescência, tal costuma ser encarado como um problema de proporções catastróficas! Assim, não é de se estranhar que Inês, conforme reza a lenda, tenha feito também suas promessas a Santo Antônio, o popular santo casamenteiro. Com direito a requisitos específicos, inclusive porte físico! Bem, como pressa e impaciência costumam sempre andar juntas, nada que um "castigo" para o santo não resolva! Pobre santo, foi colocado de cabeça para baixo atrás da cabeceira da cama.

Hum... Isso vai dar bode! O leitor pode pensar! O fato é que, a moça jura de pés juntos que após tal promessa, viva alma não soube mais do paradeiro da estátua. Você não lembra aonde a colocou, disseram alguns. Deve ter se perdido na mudança, diziam outros. Só que Inês insiste na tecla de que apenas colocara o santo de castigo, não o havia tirado. Ninguém de sua casa havia visto a estátua! E agora? Teria tomado doril? Como pode ter sumido? A garota conta e recontamento tal caso; anos depois e há quem acredita se tratar de piada de mau gosto! Entretanto, piada mesmo é ter de aturar as gracinhas de dona Raimunda. Moça trabalhadeira que conhece a Inês desde menina. Diz dona Raimunda: também tu queria o que menina? Faz pedido difícil, fazer o que? O santo fugiu! Ele deve ter pensado assim: guria maluca, quer o impossível...

Anos se passaram e até hoje Inês se pega pensando que fim levou o santo? Dona Raimunda continua com a gracinha e a quem ouve o caso, ri pensando ser uma brincadeira, uma piada... Inês jura que não! Jura que, como diria aquela famosa propaganda, o santo tomou doril...e sumiu!

26 agosto 2013

Desabafos de uma Concurseira

Vamos falar de um assunto pertinente para todo concurseiro e concurseira: bancas examinadoras. Mais especificamente, da comparação entre elas… Que tal dar nome aos bois? Vou me ater a duas das mais conhecidas: Cespe e Esaf. E, se engana caro leitor se acha que vou puxar saco de uma ou outra. Ambas têm suas vantagens e desvantagens.

 Por exemplo, é inegável que não se faz prova de português como o Cespe! Mesmo quem não possui familiariedade com a língua materna, há de concordar. Primeiro, por focar interpretação de texto, segundo porque ela, em regra, não é uma prova com um – ou mais de um – texto gigante, de forma que ao fazer a prova leve-se mais de uma hora apenas ao resolver esta disciplina. Bem, nem precisa falar né? No mínimo se pode dizer que as provas da Esaf são exaustivas e cansativas, com textos enormes, muitas vezes de tema e linguajar difíceis e com (sub)textos enormes nas alternativas A, B, C, D,E para que se encontre o erro, gramatical ou de grafia. 

Ou então um quadro com diversas opções para se completar corretamente uma determinada sentença. Contudo, considero certíssimo a valorização que esta banca dá ao Português. Ora, num país onde avaliações acerca da educação atestam que muitos brasileiros, mal sabem Português e Matemática ao término do ensino fundamental…. é imprescindível selecionar o melhor candidato pelo efetivo e eficaz conhecimento do idioma oficial de seu país. Em outras palavras, Nas provas da Esaf português tem peso 2. Ok, confesso, parte de minha opinião é puramente mesquinha. E por que? Porque tal fato ajuda a elevar minha nota, já que sou boa em língua portuguesa. Já em matemática… 

Mas enfim, nem mesmo isso invalida minha opinião acima. Independente das especialidades exigidas no cargo, uma coisa é fato: é imprescindível saber bem o português. Tal conhecimento faz a diferença, inclusive, na iniciativa privada. Mas, por outro lado, se olharmos a parte de Informática…. Pelo amor de Deus, da onde o examinador tirou a ideia para aquelas questões de informática da prova do PECFAZ 2013? Olha, ao menos fica a dica, na próxima prova da Esaf vou ficar decorando nomes de softwares, de módulos para sistemas operacionais, de como são chamadas certos tipos de sites com podcasts, notícias, vídeos… Por Deus, que conhecimento isso mede? Entendo que num cargo público o servidor tenha que saber o básico, pelo menos, como usar os editores de texto, excel, powerpoint; além de ter conhecimento de Internet, Intranet, segurança e qualidade das informações ou no mínimo, algo que consiga cobrar em teoria, algo que venha a ter utilidade na prática… Tenham piedade, caríssimos examinadores, concurseiros já tem coisas mil para estudar, para ter que ficar perdendo tempo decorando coisinhas que no cotidiano do servidor, não terão utilidade. Ora, hoje em dia, até criança de 2 anos, sai mexendo em tablets e aprendendo a acessar por experimentação e associação, então, haja paciência, ao menos cobrem algo que possa auferir conhecimento!

 E para terminar… Primeiro queria entender o porque de ter cair raciocínio lógico. Mas enfim, se for como no Cespe, ainda vai lá. Mas a Esaf insiste com a mania de cobrar Matrizes, trigonometria, geometria e outros ia, que qualquer ser mortal com ojeriza a matemática fez questão de esquecer…. Até um professor de raciocínio lógico que tive confirmou que isso de matriz não tem utilidade para os meros mortais….. Bem, aqui mais uma vez a vantagem é do Cespe né? Primeiro, tem sempre aquelas sentenças onde você tem que descobrir quem mente, ou de acordo com as sentenças dadas concluir quem é ou faz o que. Geralmente, Esaf e outras colocam no edital raciocínio e cobram matemática pura. 

Que posso fazer? Se acreditasse em reencarnação pediria para na próxima vida vir um crânio em matemática…. O que resta é aceitar que a vida de concurseira não é nada fácil e exige treinamento e disciplina similar ao de um atleta. Ou a uma corrida de obstáculos… Onde, goste-se ou não, não tem jeito, é estudar, estudar, perseverar e persistir até que se alcance o resultado pretendido. Por isso, desabafo feito, vamos seguir na luta. Boa sorte a todos que se encontram nesta árdua luta e, perseverança sempre!

08 agosto 2013

Falta de Respeito

Imagina só, você resolve espairecer, seja de uma rotina desgastante de estudo para concursos públicos, seja de tarefas-mil no ambiente de trabalho; indo ao cinema, afinal de contas, nada como ver um bom filme em ótima companhia.  Você só se preocuparia com o preço um tanto salgado da bilheteria, exceto que você teria pago dez reais para fazer uma espécie de cartão fidelidade, que, a princípio, deveria lhe proporcionar alguns benefícios....

Eu disse a princípio, porque, primeiro, a ganância é tanta que sequer divulgam a existência de tal cartão para os clientes. A tática aqui, é lucrar a todo custo em cima da desinformação. Segundo, seja lá qual benefício ele dê - se é que dá - tal não existe em período de férias. Ué, como assim? No período em que a clientela tende a aumentar, não seria mais lógico manter promoções visando atrair mais clientes? Talvez seja a (i)lógica do mercado, sei lá, que uma mísera mortal como eu entende de economia? Parece papo de grego...

Acontece que a atendente, para variar de extrema má-vontade - qualquer traço aqui de sarcasmo e ironia é extremamente proposital - diz que o tal cartão fidelidade serve apenas para ganhar brindes, nada mais, nada menos que isso. E ok, você também não fez 100% sua parte, por mera preguiça de ler aquelas letrinhas miúdas do regulamento, mas há de se concordar que não tem lógica alguma, um tipo de cartão para fidelizar o cliente, que apenas dê brindezinhos, não é mesmo? Ainda mais aqueles do tipo, cartãozinho com dicas para baixar um game do Meu Malvado Favorito Minion Rush, que se bobear, hoje em dia, o filho de 3 anos do seu vizinho já sabe instalar no smartphone do pai, ou mesmo num computador ou tablet não é mesmo?

Para piorar, sempre que você resolve se divertir indo ao cinema, percebe que daqui a pouco terá de ir três horas antes da sessão que desejar assistir, de modo a não perder o começo do filme. E não, não me refiro a um provável trânsito caótico que por ventura possa atrapalhar o seu programa - apesar de que tal não é impossível de ocorrer - mas sim, a uma fila quilométrica de outros que igualmente querem curtir um cineminha e, pasmem, ainda assim em uns 10 caixas, tem somente dois funcionando, numa vagareza pior do que a de uma lesma, e ainda pior, com as poucas atendentes, atendendo na maior das más-vontades e, ainda pensando ter o direito de achar ruim se algum cliente, com toda razão, reclamar!

Que porcaria é essa? Tremenda falta de respeito, isso sim. Infelizmente, o público não faz um boicote geral, reclama e ainda continua indo lá.... Por isso, na prática, nada muda. Sendo sempre mais do mesmo!

01 agosto 2013

Frivolidades do dia a dia

Quem nunca se zangou com bobagens que atire a primeira pedra. Como quando você quer ver seu filme, série ou novela predileta, e ao seu lado, uma pessoa pentelha, que nem acompanha o enredo fica a te perguntar tudo. E ainda pior, geralmente no clímax da cena mais importante. Experimenta você dizer um pio na hora em que esta pessoa está concentrada assistindo TV pra você ver só uma coisa. . .
E aquele dia em que de boa vontade resolveste fazer uma limpa no armário, disposto a doar roupas velhas - em bom estado claro - assim como os livros, e estes resolvem cair “como chuva” aos seus pés, aumentando ainda mais a desordem?
E quando você disponibiliza um espaço de seu preciosíssimo tempo, ajudando a lavar a louça e ainda tem de ouvir, com extrema má-vontade, o outro reclamando que você não enxugou a pia, ou que não lavou primeiro os copos do que as panelas. . .
Não é mole, não! Creio que todo ser vivente tem seus dias de se aborrecer com pequenas frivolidades. Isso não é privilégio de ninguém. Como bem lembrado, quem nunca passou por isso que atire a primeira pedra!

12 novembro 2012

É Sério Isso Aí?

Nada tão ruim quanto acordar bem cedo, neste maldito horário de verão, num tempo frio e chuvoso e ainda ter que enfrentar a imensa gama de ansiedade que nos acomete em dia de prova de concurso público. Seja qual for a distância da nossa casa até o local de prova, vai sempre parecer que todos os sinais ficam vermelhos quando mais se tem pressa, que a fila do engarrafamento na qual se encontra é a única que não anda e que ao chegar, nem dará tempo de comprar uma água, um chocolate ou um drops. Se é que tem como o cenário ficar pior, a fila do banheiro minutos antes da prova parece interminável... 

Aí depois, alguns milésimos de segundos - parece uma eternidade - antes de se entregar as provas aos candidatos, você confere se desligou o celular, se tirou o relógio, se a caneta é de tinta preta, transparente e se tem carga... Vê um burburinho entre um ou outro candidato  e aí lá vem o inacreditável...
Não que tenha surgido de súbito, um furacão, terremoto ou algo similar, mas uma situação corriqueira, de alguém que notou não ter trazido uma caneta preta, só azul. E agora? Pergunta-se à fiscal de sala? O que pode parecer deveras banal no cotidiano, nessa situação, pode ser um problemão. Solícita, mas indiferente - se é que tal é possível - a fiscal diz que não lhe é permitido emprestar material, porém se algum outro candidato o puder, problema nenhum tem.

"Mas como?" Brada uma pessoa indignada. "Isto é absurdo! O edital proíbe." 
Outros, estupefatos, dizem quase em coro: mas ainda nem começou a prova, não pode durante! 
Não é o que tá previsto no edital! Contesta com uma certa f'uria a incomodada com tal mesquinharia. 
A fiscal fica sem graça, nem tem como esconder...
Alguém repete: Não pode durante a prova, não precisa estar escrito, é óbvio!
Outros burburinhos pairam no ar..."Que babaca!"... "'E serio isso?"
Mas a pessoa insiste em reclamar...
Sem saída, a fiscal vai até sua superiora perguntar. E se deduz que a resposta seria não, mesmo antes da prova, não se pode emprestar material. Dito e feito.

Outras pessoas se indignaram. Outra, solícita, disse que daria uma de suas canetas reserva, em vez de emprestar...
Eu, por timidez ou medo, seguro-me para não falar: Se fosse assim, que se retirem da sala quem tiver lanches, água ou qualquer algo do tipo, afinal o edital decreta: em cima da mesa somente a identidade e a caneta preta fabricada em material transparente! Logicamente, com o mode on sarcástico ligado.
Todavía, o cenário do feito mesquinho ia ficando para trás... O sinal estava prestes a tocar e agora cada um faz sua parte e Deus por todos! Vida de concurseiro é labuta, luta constante, quase que interminável...
E com certeza, faz parte, situações tão esdrúxulas, que beiram ao surreal e ridículo...

21 setembro 2011

Sobre Redes Sociais

Detesto a máxima: ah mas todo mundo faz...
Ou então ainda pior, dizem que ninguém faz...ou ninguém usa...
Mas quem é todo mundo? E quem é ninguém?
Bem, é que é muito chato, extremamente chato, ter de se sentir de vez em quando um et, ou alguém incomodo sempre do contra, só porque você não "reza" de acordo com a cartilha de uma maioria...
Ok, vou me explicar. Sabe-se que tem grande apreço público as ferramentas conhecidas como redes sociais. Conforme a expressão bem diz, no plural: REDES SOCIAS, várias, diversas, muitas... e qual mais palavra aqui para além da redundância que possa explicitar: Mais de uma!
Não importa se é Orkut, Twitter, Facebook, X, Y ou Z. Importa que existem várias e cada um cabe escolher a que melhor lhe convier, ou se preferir: estar em todas.... e ter, ainda que virtualmente apenas, um milhão, ou pouco mais ou menos de "amigos". A questão é: A quem cabe decidir qual a melhor? Qual a da vez? Quem é o que? Ou não é, dependendo de qual rede social for utilizada. Sinceramente? Acho que a fase empolgação com as redes sociais já passou faz tempo! Quem ainda as exalta, em grande parte, é quem gosta de bisbilhiotar fofocas da vida alheia - ok, tem gente que faz um uso mais sério ou mesmo útil, mas que é a minoria é - e ainda se tem de ficar ouvindo que você é antenado ou não, descolado ou não, massa, genial, da vez, da hora... ou seja lá qual for a gíria ou a expressão da vez; dependendo de se você tem conta no Facebook ou não? Me poupem! E me perdoem o desabafo. Nada contra quem tenha facebook. Já disse e repito: A cada um que caiba escolher a rede social que lhe convém! Mas que saco isso, de te olharem enviesado, torto, como se você fosse uma aberração, um louco, um desvairado, ou qualquer termo pejorativo que o denigra, "só" porque você optou, repito para enfatizar: OPTOU por não ter Facebook. Sinceramente? Antes mesmo dele surgir, já tinha enjoado de redes sociais e deletado o Orkut, para o qual voltei, a pedido de amigos que pasmem, nunca me deixam sequer um mísero scrap, e agora a cada modismo de nova rede social, vai-se criar um novo perfil, só para ser apenas mais um dentre todo mundo que usa a rede da vez? Sim, porque, um bando de gente após o discurso de preferir o Orkut porque tinha mais brasileiros, resolveu debandar para o Facebook, coincidentemente ou não, após o filme: A Rede Social. Pior, jogam na sua cara: Ah, não perdemos contato, você que teima e não criar perfil no Face. Ou então você vai deixar um scrap de parabéns a um amigo seu e no perfil tem os dizeres: Agora só respondo no Facebook. Caramba! Então deixe de ser preguiçoso e ao menos delete seu antigo profile Orkut, garanto que sua mão não irá cair. Porque também é um saco, seus amigos terem de criar um novo perfil para falar com você, porque você desfaz de seu perfil antigo, deixando-o existir, porém inativo como um fantasma. Nem todo mundo tem tempo e disposição para ficar horas a fio na Internet só dispensando tempo com superficialidades em determinadas redes sociais. Além disso, existe comunicação além rede social, alguns se esquecem, mas há e-mail, MSN, Skype...
Basta de desculpas esfarrapadas. Eu é que não vou ficar criando zilhões de perfis, a cada nova modinha, porque todo mundo - a maldita máxima todo mundo - mudou ou pretende mudar... Podem me rotular de Do Contra. Prefiro pensar que tenho personalidade. Rede Social, só as que já tenho e uso, como o Skoob - essa sim, de algo interessante e quase ninguém fala acerca dela - onde se troca informações sobre livros que se leu e que outros leram. Uso o dihITT, uma rede social de blogueiros para trocar links e informações. Ah, sim, e o Twitter, mas não para informar toda e qualquer bobagem sobre minha vida, como alguns erroenamente fazem, mas para divulgar as postagens dos meus 3 bloggers. Ah e o Orkut, risos só o mantenho, porque minha amiga me mostrou um joguinho que de vez em quando aproveito para passar o tempo.... Do mais, chega, basta! Já tenho atividade demais na Internet; e também meus demais afazeres da vida real, que ao meu ver, ainda é muito melhor e mais importante que as relações virtuais!

28 junho 2011

Pelas Ruas de Brasília

OBS: O texto que segue abaixo é de autoria de Marcelo Torres, jornalista, baiano, cronista e radicado em Brasília, por ser uma bela homenagem à cidade.

De repente, cá estava eu nesta bela cidade de retas e curvas, endereços lógicos, cartesianos, cheios de siglas e números; endereços que chegam a dar tédio e raiva de tão lógicos, racionais, exatos.

Ao chegar aqui e me deparar com setor disso, setor daquilo - tudo certinho, bonitinho, organizado, sem precisar perguntar um ponto de referência para chegar a algum endereço -, não sabia se era a cidade que era estranha ou se eu é que era um estranho no pedaço.

O brasiliense costuma dizer que sua cidade é normal, estranhas são as outras. Dependendo do referencial, ele tem razão. Aqui, depois que se acostuma, você vê que isso tudo faz sentido - e como faz.

Familiarizado com as ruas personalizadas da Bahia de todos os santos, eu me senti um capiau na capital futurista do eterno país do
futuro. Senti-me um estranho numa cidade estranha aos meus olhos.

Seria a identificação na estranheza? Acho que sim, eu viria saber depois.

A verdade é que, antes de chegar aqui, eu nunca havia parado para imaginar o que seria uma cidade sem rua, sem avenida, sem praça, sem travessa, sem esquina, sem bairro. É isso mesmo! Brasília não tem nada disso!

Nunca pensei que pudesse ir a um endereço desconhecido sem perguntar "é perto de quê?" ou "Qual é o ponto de referência?" Sim, porque em Salvador o endereço ou fica perto de uma igreja, ou é vizinho de um supermercado, ou fica na subida de uma ladeira, ou depois da sinaleira à esquerda.

Em Brasília, não. Basta uma sigla, um número, uma letra e outro número e pronto! SQS 304 E 205. Todo brasiliense parece ter nascido sabendo que se trata da quadra 304 Sul, bloco E, apartamento 205.

Apesar de pequeno, só 10 caracteres, este é incrivelmente um endereço completo, exato, preciso. É mais fácil do que saber o nome do edifício. Aliás, em Brasília quase todo edifício tem um nome, mas ninguém sabe - nem mesmo o morador – e não precisa saber.

Nos
lagos Sul ou Norte, basta SHIS QI ou QL e quatro dígitos que o endereço estará completo e absolutamente achável. Ninguém tem dúvida do que seja um endereço tipo "SHIS QL 21-2-3" ou "SHIN QI 10-7-6".

Trata-se de endereços do
Lago Sul e Lago Norte, respectivamente. SHIS significa Setor de Habitações Individuais Sul, ou seja, Lago Sul. SHIN é a mesma coisa, sendo que o N é de Norte (Lago Norte).

QL é Quadra do Lago e QI é Quadra Interna. E os números indicam, pela ordem: quadra, conjunto e casa. Se você mandar uma carta para "João Silva, QL 22-7-9, Brasília", chega lá rapidinho, não precisa nada mais.

Com um mês e pouco aqui, você acaba aprendendo e achando tudo muito fácil também. Você fica batizado, entrou nos eixos, virou candango. E ai de você que não aprenda logo as coordenadas...

Em Brasília, se você perguntar "É perto de quê?", a pessoa pode lhe achar um ET, um louco, um debilóide. Aliás, outra coisa difícil é alguém parar outrem na "rua" para perguntar por um endereço. Muito dificil.

Mas Brasília tem seus pontos de referências, que saem na ponta da língua de todo e qualquer morador. É um tal de Eixão pra lá, eixinho pra cá, W3, L2, L4, essas esquisitices de letras, siglas e números.

O problema é que a explicação é sempre complicada.

O morador de Brasília acha que tudo é muito fácil - e óbvio -, mas o visitante não entende bulhufas do turbilhão de informações que lhe são passadas em bombardeio.

"De um lado tem as pares, duzentas, quatrocentas, seiscentas, oitocentas", explica o anfitrião. "Do outro, as ímpares, novecentas, setecentas, quinhentas, trezentas", conclui ele, crente de que se fez por entender.

Pela explicação, você pensa que de um lado só tem par e do outro só tem ímpar, e não é assim. De um lado ficam as quadras que começam com dígito par (de 201 a 216, de 401 a 416...) e do outro ficam as que começam com dígito ímpar (de 101 a 116, de 301 a 316...).

Se você levar ao pé da letra, ou melhor, ao pé do número, constará que tanto num lado como em outro há pares e ímpares. Outra coisa engraçada é que os anfitriões falam a seqüência completa das pares. Quando vai citar as ímpares, eles não dizem a última...

- Novecentas, setecentas, quinhentas e trezentas.

E você, na levada, fica esperando eles falarem das centas, mas eles não dizem, evitam, pensando que é "errado" (se as "centas" não estão no dicionário, as "duzentas", "trezentas", "quinhentas" também não estão).

Eu só sei que é muita informação para um baiano só. Afffff!!!!! Era muita coisa para minha cabecinha, tudo despejado de uma vez. Eu ficava sem nem saber por onde começar, não sabia nem o que perguntar...

Chegava uma hor da explicação que eu já estava pensando em voltar. Não pra Bahia, mas para o ensino fundamental, para um supletivo de 1º grau. E o anfitrião, sem saber da sua angústia, lhe dá um golpe de misericórdia.

- Não tem erro, é tudo muito fácil.

E aí, se tudo é muito fácil e você não sabe, então você se sente um burrico, um asno, um orelhudo.

Quadras comerciais e residenciais, entrequadras, superquadras, blocos, asas, eixos, eixão, eixinhos, setores, números pares e ímpares... Em meio a tudo isso, no terceiro dia aqui, estava eu procurando a quadra 309 Norte.

- É nas ímpares - me orientou aquele que seria a anfitriã.

E lá fui eu. Entrei na Asa Norte e fui seguindo placa e mais placa, até chegar até a 209. Da 209, um número ímpar, caí direto na 409, outro número ímpar, sem passar pela 309, que na minha ideia ficaria no meio das duas - mas não ficava.

Depois de rodar feito um doido, parei perdido e liguei para baiana brasiliense que me convidara.

- Onde cê tá? - ela atendeu.
- Passei pela 209, já tô na 409 e não vi a 309...
- É do outro lado, cê tá nas pares...
- Não, eu tô nas ímpares.
- Entenda, Marcelo, aí ficam as pares...
- Ué, mas 209, 409 não são ímpares, não?
- Não, 209 é par, fica nas duzentas...
- Peraí, em qualquer lugar, 209 é ímpar...
- Não, aqui em Brasília é par, é a lógica da cidade...
- Que lógica é essa?

E ficamos nesse é par, é ímpar, é par, é ímpar - até a bateria do meu celular descarregar e eu voltar para casa, desistindo do encontro, triste, me sentindo um traste, um nada. Nem sei como acertei voltar para a quitinete onde estava naquela primeira semana. Solitário, não tive ninguém para perguntar.

No dia seguinte, porém, a primeira coisa que fiz foi falar para os colegas de trabalho sobre a minha odisséia noturna pelas ruas, ou melhor, pelas quadras pares e ímpares.

Eles juntaram uns dez. Eles riram, riram muito. Mas fizeram fila para me explicar tudo, tin-tin-tin por tin-tin-tin, quadra por quadra. Do alto do 21º andar de um prédio no SBS.

E foi assim que fui entender essas "lógicas" brasilienses. Aí, meio sem jeito e sem graça, liguei para Flavinha e acertamos os ponteiros, fizemos as pazes, entre risadas pares e ímpares.

*Marcelo Torres é jornalista, baiano, cronista, radicado em Brasília
blog (
http://marcelotorres.zip.net).
-

23 abril 2011

Armas, Armações e Palhaçadas!

OBS: Texto de outra autoria

ARMAS, ARMAÇÕES E PALHAÇADAS (A arte de iludir – parte III)

Autor: Antonio Brás Constante



Andam falando tanto em bullings nas escolas, em bullings entre crianças, e até em bullings nos ambientes de trabalho (para quem não sabe o bulling é uma agressão, muitas vezes disfarçada de brincadeira). Mas o que dizer então do bulling contra o cidadão? De sermos feitos de palhaços, sem chance de defesa. Indivíduos eleitos que usam o poder constituído como arma para praticarem suas armações, queimando o suado dinheiro de nossos impostos obrigatórios a troco de nada. Isso a meu ver só tem um nome, PALHAÇADA!



Gastar 300 milhões de reais (ou mais) para fazer (DE NOVO) um referendo sobre o desarmamento (“porque o povo tem que se manifestar e ser ouvido nessas questões” é o que arrotam como argumento) é a mais pura e inútil PALHAÇADA.



Primeiro, se proibir alguma coisa resolvesse um problema, nosso País não teria drogados. Em segundo lugar, se querem combater a violência esqueçam as armas e foquem nas pessoas. As pessoas matam com guarda-chuvas, matam com pedaços de pau. Matam com facas. Matam com automóveis. Matam com as próprias mãos. Se alguém quer matar, dá um jeito.



Se o governo quer gastar 300 milhões de forma eficiente, melhore a fiscalização e o controle nas nossas fronteiras, é de lá que vem às milhares de armas ilegais que entram em nosso País. Ou melhorem a estrutura dos departamentos de polícia, ou seja, se PODEM GASTAR (já que parece que o dinheiro está sobrando), que gastem de forma útil à sociedade. Porque ninguém aqui é palhaço de ficar vendo seu dinheiro torrado com inutilidades e perguntas imbecis.



Mas se querem tanto saber o que o povo pensa, então façam os questionamentos que nós estamos ansiosos para lhes responder, corja de irresponsáveis e politiqueiros. Perguntem então o que achamos de seus aumentos absurdos de salários. Gastem com um referendo para saber se a população aprova suas mordomias, pagas com nossos impostos. E acatem a decisão popular que bradará em coro para que estes abusos cessem, para que este roubo dos cofres públicos não mais aconteça.



Gostaria realmente de ter o poder, meus caros (onerosamente caros) deputados e senadores (e demais abutres da nação) de, por exemplo, enfiá-los como pacientes nas filas dos hospitais, fazendo-os sofrer dores terríveis enquanto esperam longas horas por precário atendimento, ou colocá-los espremidos diariamente dentro de ônibus e/ou trens, e ver se conseguem ter essas idéias mirabolantes para o gasto do dinheiro público, ou se finalmente acordariam para as necessidades da população que lhes elegeu e que paga seu gordo salário. Se os congressistas querem desarmar alguém, comecem desarmando seus próprios seguranças ou parem com essa hipocrisia.



Se alguém acha de forma inocente que alterações no estatuto do desarmamento poderiam ter evitado a chacina que ocorreu no Rio de Janeiro, está enganado. Aquilo foi um crime premeditado por uma mente perturbada, que mataria de qualquer jeito. Se ele não tivesse revolveres a disposição, teria utilizado facas afiadas com resultados hediondamente semelhantes. Ou talvez tivesse ateado fogo na escola. Ou envenenado a água das crianças, ou a comida. De qualquer modo ele teria dado um jeito de por em prática seus horrendos atos.



E agora aparece uma turminha querendo utilizar esta fatalidade como bandeira para desperdiçar nosso dinheiro, e com isso matar outros tantos inocentes. Você não leu errado, pois eles vão MATAR gente SIM. Ao botar fora dinheiro que poderia ser utilizado em prol da saúde ou da nossa segurança, essa laia execrável de enfatiotados, está nos expondo aos infortúnios da falta de médicos ou de medicamentos, ou de atendimento na área de saúde, porque para isso SEMPRE FALTA DINHEIRO. Ou faltam policiais, para prover nossa segurança, porque o dinheiro que poderia ser utilizado nestes segmentos está sendo utilizado como dejeto para adubar referendos inúteis.



Enfim, o sentimento que aflora sobre esta forma inconseqüente de gerenciar nosso patrimônio público é de nojo, raiva, decepção. Brincar assim é crueldade com o bolso do contribuinte, uma verdadeira PALHAÇADA, disfarçada de grande preocupação, é assim que tentam nos enganar com sua famigerada e descarada arte de iludir...



NOVA NOTA DO AUTOR: Produzi um filme no Youtube (escrito, dirigido e encenado por este eterno aprendiz de escritor), se quiser assistir ao filme e quem sabe dar boas risadas, basta acessar o Youtube e procurar por: “3D – Hoje é seu aniversário” (o filme foi feito em padrão 3D). Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do meu livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, o livro impresso está disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br), ou se quiser fazer parte de minha lista de leitores, para receber semanalmente meus textos, basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.



Site: abrasc.blogspot.com



ULTIMA DICA: Divulgue este texto aos seus amigos (vale tudo, o blog da titia, o Orkut do cunhado, o MSN do vizinho, o importante é espalhar cada texto como sementes ao vento). Mas, caso não goste, tenha o prazer de divulgá-lo aos seus inimigos (entenda-se como inimigo, todo e qualquer desafeto ou chato que por ventura faça parte de um pedaço de sua vida ou tente fazer sua vida em pedaços).

30 dezembro 2010

Feliz Livro Novo


2010 foi um ano ótimo, que vai deixar saudades…2011 está por vir e mil planos surgem a fervilhar pela mente... Desta forma, vou dividir com os leitores, um belo texto reflexivo e, aproveitar para desejar-lhes um próspero ano novo cheio de saúde e felicidades!

Feliz Livro Novo
Encerra-se mais um ano em sua vida...
Quando este ano começou, ele era todo seu.
Foi colocado em suas mãos...
Podia fazer dele o que quisesse...
Era como um Livro em Branco, e nele você podia ter um poema, um pesadelo, uma blasfêmia, uma oração.
Podia...
Hoje não pode mais, já não é seu.
É um livro já escrito...
Concluído...

Como um livro que tivesse sido escrito por você, ele um dia lhe será lido, com todos os detalhes, e não poderá corrigi-lo.
Estará fora de seu alcance.
Portanto...
Antes que termine este ano, reflita, tome seu velho livro e folheie com cuidado...
Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos e pela consciência;
Faça o exercício de ler a você mesmo.
Leia tudo...
Aprecie aquelas páginas de sua vida em que usou seu melhor estilo.
Leia também as páginas que gostaria de nunca ter escrito.

Não...
Não tentes arrancá-las.
Seria inútil...
Já estão escritas.
Mas você pode lê-las enquanto escreve o novo livro que será entregue.
Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu, e evitar repetir as ruins.
Para escrever o seu novo livro, você contará novamente com o instrumento do livre arbítrio, e terá, para preencher, toda a imensa superfície do seu mundo.
Se tiver vontade de beijar seu velho livro, beije.
Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele e, a seguir,
coloque-o nas mãos do Criador.
Não importa como esteja...
Ainda que tenha páginas negras, entregue e diga apenas duas palavras:

Obrigado e Perdão!!!

E, quando o novo ano chegar, lhe será entregue outro livro, novo, limpo, branco, todo seu, no qual irá escrever o que desejar...

FELIZ LIVRO NOVO!

20 dezembro 2010

Fim de Ano

O Natal chega... é tempo de juntar a família, amigos, parentes... Em seguida, unem-se de forma a organizar os preparativos.  A árvore de Natal, as luminárias,... Depois se organiza o amigo secreto, prepara-se para a maratona de compras de shopping para shopping. E aí vem a correria, o empurra-empurra, o “congestionamento” de transeuntes. A garganta do vendedor coça, de tanto gritar: “olha promoção de final de ano, aproveite, é só até o fim do mês....!”
O pobre trabalhador que matou um leão por dia, durante todo o ano, divide-se entre economizar o décimo terceiro, pagar dívidas, ou aproveitar e comprar os presentes natalinos. As crianças agradecidas pelas férias, sentem a falta dos amigos, e passam a “importunar” os pais, exigindo a sua companhia para os passatempos de férias.
O trânsito torna-se uma calmaria e por vezes a capital federal beira a uma cidade fantasma. Passado os festejos natalinos, surgirão as habituais promessas... Ano que vem começarei minha dieta, dizem alguns. Outros vão meter a cara nos estudos, seja para garantir a vaga no vestibular ou em um concurso público. Outros vão praticar caridade, outros vão economizar, outros vão, enfim, fazer a viagem dos sonhos há tempos almejada... e por assim vai.  Tais promessas são indispensáveis e já características deste período. Assim como as simpatias, passar a virada toda de branco, beber um gole de vinho e chupar uvas à meia-noite, uns ainda fazem oferendas a Yemanjá, numa prova de sincretismo religioso.  Outros pulam as ondas do mar sete vezes. Outros doam pertences antigos e prometem ser menos consumistas... E assim tal ciclo se repete por décadas e décadas. Todos se espantam com o tempo passando cada vez mais rápido, e no fim, 2011 vai ser apenas mais 365 dias que passarão voando. 

17 dezembro 2010

Vamos Contar?

Para cada cinco pessoas que trabalham no censo demográfico, uma já ouviu esta expressão. Mas ela se encaixaria melhor em outro contexto. Talvez num dia de extrema correria, pilhas e pilhas de envelopes a enlouquecer o mais sã dos mortais, e de repente um engraçadinho qualquer resolve contar quantas vezes um colega de trabalho boceja, ou então quantas vezes o colega xinga toda vez que tem de atender o telefone. Ou ainda poderia se contar quantas vezes a pessoa mais mal humorada atende rispidamente o telefone... E por aí vai. Quantas vezes o aspone do grupo inventa uma desculpa esfarrapada, das mais cara-de-pau possível, quantas vezes se implorou para que o avarento do grupo contribuísse com míseros centavos para a pipocada da semana...


E se fosse se contar, os minutos de estresse, pressão, mais estresse e mais pressão? O que não se pode negar, é que daqui a alguns anos, contar-se-ão os momentos mais memoráveis, as pessoas que nos deixaram lembranças, as piadinhas fora de hora, os encontros e baladas de pós-expediente... E mais ainda, seria impossível contar quantas vezes se quis esganar o primeiro colega que se encontrasse pela frente, ou o mais esquentadinho dos recenseadores a clamar por seus direitos. Contudo, ainda mais impossível seria contar os momentos de alegria em meio à novos amigos e amigas, cuja amizade não se pode, nem deve, quantificar! Os contratempos passam; as memórias impagáveis permanecerão imortais



25 julho 2010

Pitadas de Humor em um Debate Amistoso

(AUTOR: Antonio Brás Constante)


Imagine como seria um debate em que não houvesse troca de acusações entre os candidatos, ocorrendo total harmonia entre ambos. Seria algo mais ou menos assim:
Os candidatos sentam-se à mesa do debate, começando uma conversa bem animada, transparecendo que são velhos amigos que estão ali e não concorrentes pelo governo de um dos maiores países daquele continente. Como está para iniciar o programa, o mediador pede-lhes silêncio. Porém, os dois estão tão concentrados em sua conversa, que não percebem o aviso do Jornalista. Ele novamente lhes chama a atenção e o programa começa.
O mediador do debate, jornalista Lafaiete, então apresenta os dois candidatos. São eles: João Luiz Inácio da Silva que concorre pelos partidos de direita esquerdista e José Juvenal Serrado Prestes (mais conhecido como Juca), representado a esquerda direitista. Os dois aproveitam a apresentação e se cumprimentam novamente (já haviam feito isso ao chegarem à emissora). Eles se abraçam, tão tapinhas um nas costas do outro e sem perceber voltam a conversar entre si, no que são logo interrompidos pelo mediador que pigarreia e solicita que voltem aos seus lugares.

Mediador - A primeira pergunta por sorteio será feita pelo candidato Juca ao candidato João. O assunto escolhido é sobre “saúde”.

Juca - Boa noite a todos. Sei que o assunto é importante, mais aproveito o tema escolhido para perguntar ao meu oponente como está passando sua esposa. Pois, pelo que soube, ela estava sofrendo com uma terrível gripe.

O mediador arregala os olhos, mas antes que possa dizer qualquer coisa o outro candidato responde.

João - Agradeço a lembrança meu amigo e informo que ela está um pouco melhor.. O remédio que você me recomendou foi quase milagroso. Aproveito para perguntar sobre a dor que o amigo tinha no braço, passou?

Mediador - Cavalheiros, o assunto é sobre saúde pública, não sobre a saúde de vocês...

Juca - Eu sei disso meu caro Lafaiete. Porém, não me sentiria bem em estar aqui falando de algo tão importante como o tema saúde, sem perguntar sobre a esposa de meu amigo e oponente, sabendo da doença dela. Por acaso acha que sou algum insensível?

João - Não acredito que esta emissora pretenda nos proibir de sermos espontâneos. Acho o gesto do colega Juca louvável e digno... (neste momento o candidato João se emociona e é amparado por seu concorrente. Novos abraços e troca de agradecimentos, o que gera outra bronca do mediador).

Assim vai transcorrendo o debate, em total harmonia. Sem acusações nem brigas (a não ser entre os candidatos e o apresentador) ou mesmo provocações.

Mediador - Candidato João. Na área de segurança o que pode ser feito para diminuir os problemas que são hoje uma das maiores preocupações dos eleitores?

João - Sei que a segurança está precária, mas os planos de governo de ambos propõem ótimas maneiras de se resolverem estes problemas.

Mediador - Ambos?

João - Sim, os meus e os de meu oponente. Por sinal os planos dele são excelentes. Muito bem elaborados. Tenho certeza que a segurança em suas mãos será muito bem conduzida. Por esse e outros motivos, quero deixar agora aberto meu voto em favor do concorrente Juca.

Juca - João, você sempre consegue me surpreender, fiquei emocionado com suas palavras meu amigo, mas para mim você sim é o melhor candidato e aproveito este espaço para pedir a todos que estão nos assistindo para votarem em João para presidente.

Dizendo isto, Juca abre sua camisa e mostra para as câmeras que está usando uma camiseta com propaganda política do seu adversário, onde está escrito: "EU VOTO NO JOÃO". Os dois novamente se abraçam. João com os olhos cheios de lágrimas agradece o gesto do amigo, mas diz ter certeza de que Juca é o melhor candidato. E para provar isto arregaça a manga de sua camisa e mostra uma tatuagem que fez no braço com os dizeres: "JUCA É O MELHOR, NELE EU VOTO".

O mediador tenta novamente repreender tais atitudes dos candidatos, porém, ambos se unem contra ele. Começa uma troca de acusações entre o mediador e os dois políticos.

Mediador - Vocês são loucos! Estão confundindo os eleitores com este comportamento. Vocês têm é que mostrar propostas e não ficarem se elogiando.

Juca - Louco é você! Pois em um mundo tão cheio de ódio e violência, quando duas pessoas se dão bem, logo são acusadas de loucura por profissionais como o senhor, que deveria estar mediando este debate e não nos criticando.

João - Apóio meu colega. O senhor Lafaiete não tem condições de conduzir um debate de alto nível como este, pois quer é ver o circo pegar fogo para dar ibope a sua emissora. Quer que nós candidatos, fiquemos acusando um ao outro de forma irresponsável, para assim vender mais jornais.

A partir daí o tumulto é geral, mas aos poucos os ânimos vão se acalmando, os dois candidatos e o mediador acabam fazendo as pazes e o debate continua. Ao final de duas horas de programa, o mediador anuncia que serão feitas naquele momento as últimas considerações dos candidatos, onde cada um deverá se despedir do público e de seu oponente, encerrando sua participação. Passando a palavra ao candidato Juca.

Juca - Quero agradecer a todos os telespectadores que estão assistindo a este debate. E aproveito os últimos minutos para convidar meu oponente e sua equipe para uma partida de futebol lá em minha chácara, dando chance a eles de se recuperarem das derrotas sofridas nos dois últimos jogos onde perderam para o meu time.

João - Agradeço o convite, mas lembro ao amigo que só perdemos, pois o juiz que apitou o jogo era seu cunhado, que em atos desonestos favoreceu seu time, que por sinal só ganha uma partida dessa forma.

Juca - Olha camarada, se o seu time não sabe a diferença entre uma bola e uma pedra não posso fazer nada, agora não arranje desculpas pelos seus fracassos nas partidas, a não ser que estejam com medo de jogar...

João - Medo? De um bando de pernas de pau? Só porque você quer seu #@!%&!!.. Ladrão safado...

Juca - Ladrão é você e aquele seu time de #@@&*(&@!, como toda aquela cambada de seu partido!

O mediador termina o programa às pressas, enquanto os candidatos rolam pelo chão aos socos e pontapés, encerrando assim um dos debates mais amistosos politicamente que já se teve notícias. Provando que as divergências políticas podem ser superadas, porém, quando o assunto é futebol... (durma-se em 2014 com esse barulho).


SOBRE O AUTOR: Antonio Brás Constante se define como um eterno aprendiz de escritor, amigo e amante da musa inspiração. Lançou recentemente o livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br).

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

DICA: Divulgue este texto aos seus amigos (vale tudo, o blog da titia, o orkut do cunhado, o MSN do vizinho, o importante é espalhar cada texto como sementes ao vento). Mas, caso não goste, tenha o prazer de divulgá-lo aos seus inimigos (entendam-se como inimigos, todo e qualquer desafeto ou chato que por ventura faça parte de um pedaço de sua vida ou tente fazer sua vida em pedaços).


NOTA DO AUTOR: Os amantes da leitura agora dispõem de um excelente portal chamado: www.skoob.com.br, funciona como uma rede social (tipo orkut), mas com ferramentas de leitura, tipo: Estante virtual para cadastrar seus livros, histórico de leitura, resenhas, etc. Quem quiser participar vai encontrar por lá o meu singelo livro “Hoje é seu aniversário”, não esqueçam de adicioná-lo em suas estantes, ok? Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do livro, ou para fazer parte de minha lista de leitores, que recebem semanalmente meus textos, para isso basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.