17 fevereiro 2009

Intolerância


Muito se especula sobre o Apocalipse, seja em sentido bíblico ou, profetizando sobre interpretações dúbias do calendário Maia; e, acaba se desviando o foco do que realmente poderia ser entendido como indício de final dos tempos: a xenofobia crescente, em particular, na Europa. Nada mais de se comentar que os europeus são chiques e requintados - que o digam os brasileiros barrados no aeroporto de Madri, na Espanha - e nem de se jogar a culpa somente nos estadounidenses por discriminarem os latinos. É fato que a "onda" de aversão à estrangeiros assola o mundo. Em tempos de crise econômica e consequente desemprego, ela só tende a piorar... A questão é, até que extremos a condenável xenofobia pode chegar? Para além do ataque de grupos neonazistas ou algo similar, talvez esteja adentrando o campo do dano moral. Ora, como se não bastasse alguém ser agredida, ainda tem o constrangimento de ter provar que fora vítima. Similar a um clima de impunidade no qual, só falta se dar pauladas na vítima e enaltecer o agressor; desde o ataque à brasileira Paula Oliveira, na Suíça, não se fala em mais nada além de uma suposta falsa gravidez. Bem, é certo que surgiram elementos no mínimo estranhos neste caso, como uma doença que pode causar alucinações e que antes não fora citada. Mas, partindo-se do princípio da presunção de inocência e, do que está previsto na carta dos Direitos Humanos, acho que há sim, um "quê" de xenofobia latente por parte das autoridades suíças... Primeiro, por lançarem dúvida sobre a denúncia da pernambucana, quando ela estava internada e em estado de choque e, portanto, sem poder se defender. Segundo, que 1% da população suíça se assumiu xenófoba e, que só em 2007 os casos de racismo - por lá - cresceram 30%. De qualquer forma, é bom senso se dar o benefício da dúvida à brasileira, afinal; que ganharia em se autoflagelar e inventar uma agressão num país onde a punição é certeira e pesada a quem presta falsa denúncia, ao contrário do que ocorre em terrenos tupiniquins? Até que se prove o contrário, acredito na versão de Paula e, torço para que seja resolvido o contratempo diplomático... Só não pode ficar sem desfecho, sem resolução e, esquecido, como o caso dos policiais ingleses que ao usar o método de atirar primeiro e perguntar depois, mataram um brasileiro por supostamente confundi-lô com um terrorista e, saíram ilesos e impunes... Alguém se arriscaria a dizer o que ocorreria se fosse a mal suprida polícia brasileira que tivesse feito o mesmo com um inglês?

3 comentários:

  1. Oi Lilly!

    Não me arrisco dizer o que aconteceria se matasse um inglês por aqui... Até pelo que sei, o cidadão brasileiro fica quieto quando matam um dos seus, mesmo inocente (Em um dos lados você vai ver um que não tá nem aí). Mas, no caso de um inglês, a peleia seria interessante... Não torço pra que matem, mas gostaria de ver uma briga deste tipo!

    Não vou mais pra Suiça!

    Beijo guria!

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  2. Tenho certeza de que essa Paula é doente...
    Beijo,
    Tati.

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  3. Eu sou de pleno acordo contigo. Não acredito na versão dos tablóides. Com certeza que a Paula tem razão. Não tem cabimento alguém inventar uma agressão e botar a culpa em quem seria e sempre foi os verdadeiros vilões da história

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