03 janeiro 2009

Qual a utilidade?



Ano novo, vida nova, ortografia nova... A partir do dia 1º de Janeiro passou a vigorar o Acordo Ortográfico que vai unificar a gramática dos países lusófonos - Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Mas a pergunta que não quer calar é: Qual a utilidade de tal acordo? Cai o hífen, sai o trema, incorpora-se ao nosso alfabeto as letras K, W e Y; que na linguagem oral já eram amplamente utilizadas... Então, fica a dúvida no ar, qual a necessidade da mudança? Se vai se manter o c – desnecessário – de aCtor como se diz em Portugal, se o trema sai, mas o fonema que ele dava a letra U em palavras como lingüiça permanecerá? Tira-se o hífen, dobra-se o S e o R em palavras, como ultrassom, ultrarregião – diga-se de passagem, podem me chamar de saudosista, mas horrível estas novas grafias, já estou com saudades do hífen – e há algumas alterações no uso de acento agudo e no uso de acento circunflexo. Uma das justificativas para o acordo, é possibilitar que o idioma português, assim como o espanhol, tenha uma única ortografia; ainda que seja pronunciado diferencialmente, em diversar culturas. E, também, para que o Português, a sétima língua mais falada no mundo, ganhe destaque mundial; e entre para o rol das línguas oficiais de órgãos internacionais como a Organização das Nações Unidas – ONU.



As mudanças em si, são mínimas e, certamente hão de causar confusão, num país onde a Educação não tem seu merecido e devido valor; e, também pelo fato, lastimável claro, de haver professores mal preparados, além do problema de ser uma profissão desvalorizada. Há o prazo de 4 anos, ou seja, até 2012 para que haja a adaptação. Em Portugal, o prazo para adaptação será de 6 anos. A reforma é polèmica e, mesmo entre os especialistas em linguistica não se chega a um consenso. Tanto no Brasil, quanto em Portugal. Afinal, unificar a ortografia, não garante que a linguagem oral, a que se baseia em hábitos, costumes; irá se modificar, como provavelmente não vai. Pessoalmente, concordo com os críticos de tal acordo, o importante é garantir que se entenda os textos e suas mensagens, e saber relacioná-los, independente de se escrever de forma igual ou diferente. Faço coro, aos críticos que alegam se tratar muito mais de um acordo político, do que linguístico. Além de ser, meio que imposto, tendo em vista que não foi ratificado por todos os países lusófonos, mas por quatro deles, somente. Fora o custo, para atualizar livros didáticos, que; para variar; como já é de praxe neste nosso país, vai sobrar para o contribuinte....

2 comentários:

  1. Oi Lilly... tudo bem?
    Saca fora meu link Ylagooo (se quiser) pois excluí o blog (mas ainda permanecem rastos que não consigui apagar)...

    Concordo contigo guria, isso vai causar um stresssssss pra um monte de gente, stress este provocado por mínimas e quase imperceptíveis mudanças... pra que tudo isso? Há uma grande parcela popular que sequer sabe falar um português decente... (imagine escrever)...

    Beijo guria... Adoro seu blog!

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  2. um dia tudo o que for escrito vai ser tao confuso que nao saberemos de fato como temos que escrever e na duvida acabaremos nao escrevendo. E sabe no que isso vai resultar ?
    Mais folhas em branco, tópicos vazios e claro, mentes menos privilegiadas.

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