"De três coisas eu estava convicta. Primeira, Edward era um vampiro. Segunda, havia uma parte dele - e eu não sabia que poder essa parte teria - que tinha sede do meu sangue. E terceira, eu estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por ele." Assim, suscinta e breve, é a sinopse do livro Crepúsculo, fenômeno de venda - comparável à saga do bruxo Harry Potter, livro de JK Rowling - que conquistou um fiel e cativo público; e agora adaptado para cinema, tudo indica que o sucesso irá se repetir. Estreiado no dia 19 de dezembro, Twilight - Crepúsculo, EUA, 2008, é um romance, com leve toque de suspense e, com temática sobrenatural, já que um dos jovens apaixonados é um vampiro. Por incrível que pareça, ainda há quem faça o disparate de classificá-lo como sendo do gênero Terror. O filme custou US$ 37 milhões de dólares, contudo, já angariou mais de US$ 145 milhões ao redor do planeta, em duas semanas de exibição - explica-se: em alguns lugares a estréia foi em novembro - garantindo-se assim, a continuação, ou seja, a adaptação para cinema do livro Lua Nova, prevista para 2010.
Dirigido por Catherine Hardwicke (Os Reis de Dogtown) – que já está fora da continuação -, Crepúsculo acompanha o romance entre Bella (Kristen Stewart, de Na Natureza Selvagem) e Edward (Robert Pattinson, de Harry Potter e o Cálice de Fogo). Um romance adolescente – já complicado por definição - que ganha toques de dramaticidade por conta dele ser um vampiro. Tudo ocorre na minúscula e chuvosa cidade de Forks, no Estado norte-americano de Washington, para onde ela se muda para morar com o pai (Billy Burke). O tempo sempre nebuloso é terreno perfeito para que os vampiros Cullen, possam viver, incluindo Edward. Quando Bella se muda para lá, a atração entre os protagonistas é inevitável.
Edward se encaixa no tipo com o qual uma garota sonha - ao menos no universo da fantasia -, atraente, extremamente protetor e, ainda tem superpoderes. Ele tem que lidar contra a sua "natureza", seu instinto de sugador; o que provoca uma tensão. Bella demonstra não se importar e nada temer; A partir daí, o romance deslancha em seu estado mais que pueril... A problemática de ceder ou não à tentação de fartar-se do sangue da jovem amada pode ser entendida como uma metáfora da castidade. Onde gestos singelos como um mero abraço, ou observar ao outro dormindo, demonstram a intensidade do amor de ambos, ainda que dispense todo e qualquer erotismo. Sem dúvida, conforme dito por muitos críticos renomados, um feito enorme numa época de crescente e incontestável banalização da sexualidade, em especial, no cinema e na TV.
Outro crédito do filme é a oportunidade de mostrar o talento de Robert Pattinson, já conhecido do público por sua participação como Cedrico Diggory em Harry Potter e Cálice de Fogo; e, há de se ressaltar que foi uma exemplar adaptação, respeitadas as diferenças de linguagem, a audiovisual do cinema; da literária, nenhum fã aficionado do livro poderá dizer que o filme fugiu à essência da obra. Ansiosa, aguardo pela adaptação de Lua Nova...
Vídeo retirado do You Tube ===> http://br.youtube.com/watch?v=WZOuOqSi0TI
Esse filme deve ser ótimo, por se tratar de um filme de Vampiro que tras um pouco de reflexão, gerada na nata da discussão do amor e da castidade em busca desse amor. Gerando uma pergunta no ar. Afinal de contas o amor é estar presente ou estar amando ?
ResponderExcluirLindo texto e reflexão alimentada nele.